Anjos caídos
06/07/2024Magia Elemental − Ali Mohamad Onaissi
Magia Elemental
MAGIA ELEMENTAL…………………………………………………………………………….1
I − MAGIA ELEMENTAL………………………………………………………………………..3
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………..3
1 − UMA BREVE HISTÓRIA DA MAGIA…………………………………………..4
Origens Fantásticas da Magia………………………………………………..4
A Magia no Oriente……………………………………………………………….6
A Magia nas Américas…………………………………………………………..6
Plantas de Poder…………………………………………………………………..7
A Magia no Ocidente……………………………………………………………..7
Os Alquimistas……………………………………………………………………..8
Alquimia e Religiões………………………………………………………………9
Os Princípios Religiosos e a Magia……………………………………….10
O Caminho Dévico………………………………………………………………11
2 − A ORDEM NATURAL……………………………………………………………..13
A Esfinge Elemental…………………………………………………………….16
O Quaternário ou a Lei do Quatro………………………………………….16
Os Quatro Animais………………………………………………………………17
Hierarquias Divinas ou Anjos Virtuosos………………………………….18
Elementais, ou Anjos Inocentes…………………………………………….20
Evoluções Elemental e Humana……………………………………………21
Seres Involutivos…………………………………………………………………22
Manipulando os Tattwas………………………………………………………22
Os Éteres Universais…………………………………………………………..23
3 − A ANATOMIA OCULTA DO HOMEM……………………………………….25
Os Sete Corpos…………………………………………………………………..25
Alma Sã, Corpo São e Vice−Versa………………………………………..26
Poderes que Divinizam o Homem………………………………………….28
Trabalhando os Elementais Internos……………………………………..31
Os Elementais e os 7 Chacras………………………………………………32
4 − MAGIA ELEMENTAL NAS RELIGIÕES…………………………………….33
A Árvore Bodhi……………………………………………………………………34
A Árvore Escandinava………………………………………………………….34
Plantas Sagradas Entre os Gregos………………………………………..35
Plantas Bíblicas…………………………………………………………………..36
A Árvore Cabalística……………………………………………………………38
5 − OS ANJOS E MESTRES CABALÍSTICOS DA CURA…………………40
Mestres da Medicina Universal……………………………………………..40
Procedimentos Magísticos……………………………………………………41
Altares de Cura…………………………………………………………………..42
A Cura Pelos Perfumes………………………………………………………..42
As Defumações…………………………………………………………………..44
Larvas Astrais e Mentais………………………………………………………45
6 − O PODER DOS MANTRAS…………………………………………………….47
Mantras de transmutação…………………………………………………….53
Mantras das Igrejas Elementais…………………………………………….55
7 − OS 7 RAIOS DAS PLANTAS…………………………………………………..57
Raio Lunar………………………………………………………………………….57
Magia Elemental
I − MAGIA ELEMENTAL
Raio Mercuriano………………………………………………………………….58
Raio Venusiano…………………………………………………………………..59
Raio Solar………………………………………………………………………….59
Raio Marciano…………………………………………………………………….59
Raio Jupiteriano………………………………………………………………….60
Raio Saturniano………………………………………………………………….60
Ens Espirituale……………………………………………………………………60
Plantas Zodiacais………………………………………………………………..61
II − RELATOS INTERESSANTES…………………………………………………………64
1 − Helena Blavatsky (por H.S.Olcott. Experiências com um
Gnomo)…………………………………………………………………………………….64
2 − Carlos Castaneda(O Elemental do Peiote)………………………………..64
3 − Samael Aun Weor − SAW (O Elemental do Gato − Desfazendo
Mistérios)…………………………………………………………………………………..65
4 – SAW (Elementais das Aves− O Mistério do Áureo Florescer)………68
5 − Edward Bulwer Lytton (O Guardião do Umbral − Zanoni)…………….71
6 − Francisco Valdomiro Lorenz (Briga Entre Gnomos− O Filho de
Zanoni)……………………………………………………………………………………..74
7 − Dora van Gelder (Um Deva dos Ciclones− O Mundo Real das
Fadas)………………………………………………………………………………………76
III − TEURGIA E OS QUADRADOS MÁGICOS………………………………………80
QUADRADO MÁGICO DA LUA…………………………………………………….82
QUADRADO MÁGICO DE MERCÚRIO…………………………………………83
QUADRADO MÁGICO DE VÊNUS………………………………………………..84
QUADRADO MÁGICO DO SOL……………………………………………………84
QUADRADO MÁGICO DE MARTE……………………………………………….85
QUADRADO MÁGICO DE JÚPITER……………………………………………..86
QUADRADO MÁGICO DE SATURNO…………………………………………..86
IV − FORMULÁRIO PRÁTICO DE MAGIA……………………………………………..88
CONJURAÇÃO DOS QUATRO…………………………………………………….88
CONJURAÇÃO DOS SETE………………………………………………………….90
INVOCAÇÃO CABALÍSTICA SALOMÃO………………………………………..90
ORAÇÃO GNÓSTICA………………………………………………………………….92
EXORCISMO DO FOGO……………………………………………………………..92
EXORCISMO DO AR…………………………………………………………………..94
EXORCISMO DA ÁGUA……………………………………………………………..95
EXORCISMO DA TERRA…………………………………………………………….97
REGENTES DO AR…………………………………………………………………….98
CLAVÍCULA DE SALOMÃO………………………………………………………….98
EXORCISMO DA LUA…………………………………………………………………99
EXORCISMO DE MERCÚRIO………………………………………………………99
EXORCISMO DE VÊNUS…………………………………………………………..100
EXORCISMO DO SOL……………………………………………………………….100
EXORCISMO DE MARTE…………………………………………………………..100
Magia Elemental
IV − FORMULÁRIO PRÁTICO DE MAGIA
EXORCISMO DE JÚPITER………………………………………………………..102
EXORCISMO DE SATURNO………………………………………………………102
CONJURAÇÃO DE SÃO MIGUEL ARCANJO……………………………….103
ANJOS CABALÍSTICOS…………………………………………………………….104
MAGIA ELEMENTAL
“Princípios e Práticas de Elementoterapia”
(Ali Mohamad Onaissi)
Coleção Michael
I − MAGIA ELEMENTAL
INTRODUÇÃO
Este livro é o primeiro de uma série, lançada pelos membros do
Instituto Arcanjo Michael (IAM), de São Bernardo do Campo, que tem como
finalidade divulgar sinteticamente a Sabedoria Esotérica, dispersa e muitas
vezes confusa. Apesar de não estar filiado a nenhuma escola ou
instituição(respeitamos todas obviamente), o IAM defende uma linha
eminentemente gnóstica, universalista, por reconhecer que em seu espírito e
seus ensinamentos manifestam−se os verdadeiros valores contidos nas
vibrações espirituais da Era de Aquário.
MAGIA ELEMENTAL pretende entregar ao leitor uma visão mais
ampla, inteligível, desse mundo paralelo ao nosso, mágico e poderoso,
luminoso e cheio de vida, conhecido cientificamente como 4a. Dimensão, que
sempre foi visitada pelas mentes inspiradas dos grandes Buscadores dos
Mistérios. As práticas, os mantras, os nomes sagrados, as conjurações etc.,
inseridos aqui podem ser praticados pelo leitor para que ele perceba a
realidade maravilhosa desses seres elementais que povoam abundantemente
a natureza. Isso serve para nos conscientizarmos mais profundamente ainda
sobre a manifestação maravilhosa de Deus dentro de Sua Criação. Onde
houver vida e harmonia, ali Ele estará.
A novíssima Era aquariana requer pessoas práticas, que sintam,
vejam e apalpem as realidades supra−físicas da natureza, para que eles
deixem de simplesmente acreditar e passem a vivenciar, aprendendo
diretamente da própria Natureza.
Este livro pretende resgatar uma Sabedoria Superior mantida pura
pelas Escolas de Mistérios. Essa Sabedoria elemental foi venerada e
profundamente vivenciada pelas portentosas culturas e civilizações do
passado, como a egípcia, a maia, a grega etc. Cremos que já é mais do que
hora trazermos à tona a Luz dos grandes Deuses da Natureza, os Gurus−
Devas, Aqueles que escolheram a Senda Dévica, para que nós mesmos
sejamos os maiores beneficiários.
A sabedoria gnóstica afirma que existem milhares de Templos e
Igrejas elementais ocultos no mundo etérico. Se formos dignos de penetrar
em suas portas, temos certeza que lá encontraremos Seres desejosos de
entregar seu Amor, Sabedoria e Mistérios para que possamos adquirir em
Paz nossa verdadeira identidade espiritual.
Esperemos que o conteúdo desta pequena obra, feita com muito
carinho para você, seja útil para sua cultura intelectual e seu anelo espiritual.
Aguarde para breve outras publicações. Boa leitura…
1 − UMA BREVE HISTÓRIA DA MAGIA
Os conceitos de Magia, Esoterismo, Espiritualismo etc., sempre
estiveram ligados à Humanidade ao longo da história. As doutrinas esotéricas
não eram motivo de estudos de ignorantes, supersticiosos e medrosos, como
quer que se acredite e aceite na atualidade, mas por uma “nobreza”que tem
mantido a chama de um Conhecimento Superior. É essa mesma Tocha do
supremo conhecimento espiritual a que sempre foi barreira contra a
ignorância, as trevas, o caos, a intolerância.
A própria definição de Magia expressa bem sua verdadeira finalidade.
Do persa Magh, que significa Sábio, essa palavra originou outras, como
Magister, Magistério e Magnum. Portanto, Magia vem significar, basicamente,
a sabedoria de todo o conhecimento que capacita o homem a desvendar e
dominar o Universo, a Natureza e a si próprio. Outro termo para Magia é a
aplicação da Consciência e da Vontade sobre todas as forças da Natureza,
não só as físicas, tridimensionais, mas aquelas que estão fora da esfera de
nossos cinco sentidos. Em síntese, é a aplicação da ciência e da vontade
sobre as diversas manifestações da vida. É a Ciência Total…
Origens Fantásticas da Magia
Em seu livro apócrifo, o profeta Enoch nos fala sobre as origens de
muitos ramos do conhecimento:
“Quando os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias,
aconteceu que lhes nasceram filhas elegantes e belas.
E quando os Anjos, os Filhos dos Céus, as viram, ficaram
apaixonados por elas…
E escolheram cada qual uma mulher; e delas se aproximaram e
coabitaram com elas; e lhes ensinaram a feitiçaria, os encantamentos e as
propriedades das raízes e das árvores.”
E continua Enoch, afirmando que os Anjos caídos, ainda com bastante
Conhecimento, ensinaram a arte de resolver os sortilégios, observar as
estrelas, os caracteres mágicos, os movimentos da Lua, a arte de interpretar
os signos, confeccionar talismãs etc.(Vide Livro de Enoch, cap. 8). Que época
é essa, citada por Enoch?
Em sua portentosa obra O Timeu, Platão nos comenta que ouvira falar
de uma legendária e poderosa civilização, a atlante, da boca de seu avô
Crisitos, o qual ouvira do próprio Sólon ensinamentos dados a ele por
sacerdotes−magos do templo egípcio de Saís. Segundo nos repassa Platão,
essa civilização, a Atlântida, foi um conjunto de sete gigantescas ilhas que
ficavam além das Colunas de Hércules, quer dizer, no Oceano Atlântico. Para
o sábio discípulo de Sócrates, a origem de todo o conhecimento espiritual e
mágico foi atlante.
Numa passagem do Timeu, lê−se: “Os atlantes eram uma raça de
Deuses que degenerou da sua origem celeste porque se aliou
freqüentemente com as filhas dos mortais; por isso, Júpiter os puniu,
destruindo o país em que habitavam.”
Ou seja, a origem de todo conhecimento remonta à Atlântida, aos
arcaicos períodos de nossa história, em nada aceitos pela ciência materialista
de hoje. Temos como fiéis depositários dos atlantes os egípcios(os quais, por
meio dos gregos e depois dos árabes, foram a base de toda a magia
ocidental). Temos também como filhos dessa tradição esotérica atlante os
indianos e chineses, pelo lado oriental, e os maias, incas e astecas, nas
Américas. Estudando−se as raízes lingüísticas de muitos povos que
oficialmente nada têm em comum, percebemos muitas palavras semelhantes,
senão, idênticas. Temos como exemplo o maia e o chinês mandarim, onde
foram achadas mais de cinqüenta palavras de pronúncia e significado
idênticos.
A Magia no Oriente
O Yoga indiano e suas sete modalidades e as artes marciais têm algo
em comum, que é atlante. Eram considerados como disciplinas que permitiam
dominar o corpo físico e seus canais de energia para um pleno
reconhecimento e manipulação da Alma.
Os sete Yogas são: Hatha (físico), Raja (mecanismos mentais),
Mantra (palavras de poder), Bhakti (devoção e serenidade), Jnana
(conhecimento superior− gnose), Karma (direitos e deveres sociais e morais)
e Tantra (o mais elevado de todos). O termo Yoga é o mesmo que religião,
religare, ou seja, a arte de recriar aquele elo entre o humano e o divino, em
todos os seus aspectos.
Quanto às tradições marciais, sabe−se que elas foram recompiladas e
reorganizadas por Bodydharma, um dos principais discípulos de Buda, que
“evangelizou” a China. O Kung−fu, que originou as múltiplas técnicas
marciais, tinha como finalidade dominar e movimentar as energias interiores e
elementais, além, é claro, da mera defesa pessoal. Segundo certas tradições,
algumas das linhas marciais, organizadas por Bodydharma, foram: os
caminhos do Dragão, da Serpente, do Macaco, da Águia, do Bêbado etc. (há
mais de 360 caminhos no kung−fu), muito semelhantes às Ordens guerreiras
das culturas americanas, como veremos logo em seguida.
Além disso tudo, vemos a magia e o conhecimento esotérico inseridos
em outros ciclos, encabeçados por Fo−Hi e Lao−Tzu na China, Son−Mon e o
Xintoismo no Japão, Kumbu na Tailândia e Camboja, o Xamanismo original
ao norte da Ásia e o Budismo tântrico tibetano de Marpa, Tsong−Kapa,
Milarepa e outros.
A Magia nas Américas
Os astecas, incas e maias são as culturas que mais se expandiram
nas américas. Diz−se que foram colônias atlantes e por isso eram
possuidores de altíssimo e complexo domínio da matemática, astronomia,
religião e agricultura. Ainda hoje suas ordens esotéricas são um mistério.
Quase todos seus escritos, estátuas sagradas e mesmo seus templos e
sábios, foram destruídos pelos ávidos conquistadores europeus.
Vemos algumas Ordens monástico−militares que se dedicaram ao
pleno desenvolvimento das artes mágicas e de todos os poderes humanos e
divinos. Entre os astecas e maias, temos os Cavaleiros Tigres e os Cavaleiros
Águias (cujo lema mágico era “Nós nos Dominamos”) e entre os incas
sabemos da presença dos sagrados Cavaleiros Condores. Esses sacerdotes
índios nos legaram práticas misteriosas e fantásticas, tais como a Magia
Elemental, o Nagualismo(estudaremos esse tema mais adiante), o domínio da
psicologia interior etc.
As tradições orientais e americanas são muito complexas e de difícil
compreensão e aprendizagem. Não obstante, os princípios de suas Ciências
Mágicas eram os mesmos, somente o modo de expressá−los é que difere.
Plantas de Poder
Esse é um tema bastante espinhoso, dadas as suas implicações
legais e morais nos dias de hoje, além da espantosa proliferação e mau uso,
pela juventude, de alguns produtos sintetizados. Sob circunstâncias
rigorosamente controladas, os Magos de todo o mundo, principalmente
americanos, aceleravam o desenvolvimento dos poderes paranormais de
seus discípulos, afim de fazê−los reconhecer o Mundo Oculto. Essas Plantas
de Poder têm a capacidade de alterar o sistema endócrino, ativando assim
todos os Chacras da Anatomia Oculta do Homem, despertando seus sentidos
paranormais.
Certas ervas, raízes, cogumelos, cipós etc., possuem um poder
elemental e bioquímico capazes de mostrar um mundo totalmente novo aos
olhos de nossa Consciência. Esse foi um legado da Magia primitiva,
infelizmente adulterado na atualidade.
A Magia no Ocidente
Um dos maiores depositários da sabedoria egípcio−atlante foi
certamente Hermes Trismegisto. Certas tradições gnósticas dizem que
Metraton, Enoch, Íbis de Toth e o próprio Hermes eram o mesmo Mestre, o
mesmo Ser. Atribui−se a Enoch a criação dos alfabetos egípcio e hebraico, A
Tábua de Esmeralda e a organização e codificação da Alquimia. Foi o fiel
depositário da tradição espiritual no Tarô e na Cabala(Torá), além de ser o
organizador dos Axiomas Herméticos.
Os egípcios conseguiram fecundar maravilhosamente a magia e as
religiões dos hebreus, gregos, romanos e árabes. Com a posterior
decadência, o Egito entregou seu conhecimento às correntes esotéricas dos
árabes, denominadas de Sufismo. A expansão do islamismo por todo o
Oriente, norte da África e depois pela península ibérica, leva a uma
revalorização do esoterismo europeu.
A maioria dos sábios e ordens esotéricas na Europa beberam da fonte
súfi: os Templários, Cátaros, Rosacruzes, Maçons, Dante Alighieri, Roger
Bacon, Francisco de Assis, São Malaquias, Paracelso, Arnaldo de Villanueva
etc…
Os Alquimistas
Após sucessivas infiltrações e conquistas árabes na Europa e graças
às Cruzadas, a sabedoria esotérica terminou por influenciar uma série de
pensadores e movimentos místicos. Temos a influência súfi, não só na
península ibérica, como também na França, Inglaterra e em certa medida nas
terras germânicas e nos Estados da península itálica.
Uma grande influência súfi na Europa foi trazida pela tribo nômade
dos Annás(ou A’nz). Tendo como seu estandarte um bode, os místicos dos
Annás entregaram seus símbolos aos Templários, além de muitos princípios
herméticos que remontam aos períodos dos caldeus. A palavra caldéia Anas
significa Água; Anás, portanto, quer dizer “Guardiães das Águas”(da Vida).
Os conceitos alquímicos de Elixir da Longa Vida, Pedra Filosofal,
Pedra Cúbica, Cornucópia da Abundância etc., vêm das escolas de Mistérios
árabes, as quais absorveram, como já dissemos, muito da tradição egípcia. A
finalidade do Alquimista era produzir o melhor ouro transmutado do chumbo.
Os processos secretos para a obtenção do ouro alquímico eram
extremamente complexos. Exigiam disciplina, rigor no método e acima de
tudo pureza moral e espiritual.
Apesar de se conhecer uma série de casos de pesquisadores que
realizaram prodígios químicos, conseguindo ouro realmente físico, a
finalidade essencial da tradição alquimista era transmutar o mundo interior do
próprio praticante, sua Alma mesmo.
Um bom exemplo de alquimista material (ou Soprador) foi o inglês
John Dee. Nascido em 1527, o sr. Dee, graças à sua sensibilidade psíquica,
desde cedo se interessou por pesquisar velhos manuscritos que conseguia
encontrar em bibliotecas, alfarrábios etc. Ele e seu inexcrupuloso amigo
Edward Kelley compraram de um velho estalajadeiro um pergaminho escrito
em língua galesa antiga que tratava da transmutação de metais. Indagado de
sua procedência, Dee soube que o manuscrito surgira da violação do
sepulcro de um arcebispo inglês, Dunstan de Cantuária (conhecido até hoje
como o padroeiro dos ourives). Ao entrar no túmulo de São Dunstan, Dee e
seu amigo descobriram algo interessante não achado pelos anteriores
profanadores. Encontraram um par de ânforas, cada qual contendo um
estranho pó, um deles de cor vermelha e outro branco, e que eram, segundo
o manuscrito em sua posse, ingredientes essenciais à boa execução do
magnus opus. Os dois pesquisadores realizaram muitíssimos prodígios com
os materiais encontrados, porém a ingenuidade e a ganância os levaram à
ruína.
Entretanto, os verdadeiros alquimistas eram transmutadores de Alma,
e não de elementos grosseiros, como se crê vulgarmente nos dias de hoje.
Temos, a título de ilustração, alguns alquimistas espirituais: Paracelso,
Raimundo Lulle, Alberto Magno, Fulcanelli, Nicolas Flamel e sua esposa
Perrenelle, Cornélio Agripa, Merlin, Eliphas Lévi, o Abade Trithemius,
Al−Ghazali, Samael Aun Weor, D’Espagnet, Rumi etc…
Alquimia e Religiões
O princípio do autoconhecimento contido na tradição alquímica revela
a necessidade de transcendência e autosuperação do homem pelo próprio
homem. Isso é claramente visto dentro das religiões. Ou seja, a Alquimia está
profundamente inserida no judaismo, cristianismo, islamismo, budismo,
taoismo etc.
Tomemos alguns exemplos da simbologia alquimista nos
ensinamentos religiosos:
− O primeiro milagre bíblico de Jesus, transformando água em vinho
da melhor qualidade, nas Bodas de Canaã(o casamento alquímico);
− Deus flutuando sobre as Águas da Vida e formando o mundo em
seis dias e descansando no sétimo ( os passos, ou fases, da obtenção da
Pedra Filosofal);
− O profeta Zacarias tem a visão de um candelabro de ouro com sete
lamparinas acesas pelo azeite que passa pelo interior desse
candelabro(processo de transmutação);
− Os três Reis−Magos, guiados pela Estrela, visitam o menino Jesus
na manjedoura do estábulo (trabalhos para a obtenção do Menino de Ouro da
Alquimia);
− O profeta Moisés (que significa Salvo das Águas) bate com seu
Cajado numa Pedra e daí brota água em abundância;
− Davi mata um gigante com uma Pedra;
− Elias traz fogo dos céus e incendeia a carcaça de um bovino;
− Jesus afirma que Pedro é a Pedra fundamental da Igreja que, para
os outros(o mundo não iniciado), é rocha de escândalo;
− Todo bom muçulmano tem de visitar Meca e em sua peregrinação
deve dar sete voltas em redor da Pedra Negra (Caaba); etc.
Os Princípios Religiosos e a Magia
Todos temos lido em obras místicas de diversas linhas sobre a
abundância da vida criada por Deus. Diversos tratadistas de ocultismo nos
relataram suas experiências com entidades conhecidas no âmbito do folclore,
das crenças e mitos populares. Vemos em quase todos os povos lindas
histórias acerca de fantásticas manifestações da vida. Quem de nós não
ouviu uma história que fala de seres que vivem dentro de pedras, árvores,
rios, cavernas, lagos, despenhadeiros, rios etc.? Essas formas de vida,
chamadas no esoterismo de Elementais, fazem parte ativa de culturas
extremamente místicas, como os gauleses e seus Druidas, os tibetanos, os
anglos e saxões, os povos pré−colombianos, os chineses, japoneses e
outros tantos.
Esses povos conservaram uma visão Panteísta, ou seja, conseguiam
intuir a Vida Universal permeando todas e quaisquer formas de manifestação,
visível e invisível. Apesar de terem grandes conhecimentos, tais como
matemática, astronomia, engenharia, medicina e complexos sistemas de
psicologia, ainda assim gostavam de viver cercados por um ambiente natural
e de alta espiritualidade. Penetravam em seus bosques e rendiam culto às
suas árvores sagradas; realizavam portentosas procissões, onde
oferendavam os primeiros frutos de suas colheitas aos Deuses Santos;
oravam profundamente aos Guardiães das cavernas e lagos encantados.
Enfim, tinham uma visão do sagrado em todas as coisas, não conseguiam
apartar o Divino do cotidiano humano.
Com o passar dessa Idade de Ouro, esse Panteísmo foi se
transformando, graças a uma mentalidade cada vez menos intuitiva, dando
lugar a um Politeísmo que conseguimos reconhecer em algumas culturas,
como a grega, romana, persa etc., as quais afastaram a Divindade de nosso
cotidiano, pois Ela passa a residir agora nos céus, nas mais altas montanhas
do mundo, no mais profundo dos sete mares, enfim, em todos os lugares
inacessíveis à presença do homem.
Entretanto, ainda se percebe, nessa duas formas religiosas uma
conexão muito grande entre Deus e a Mãe Natureza. Deus é visto ao mesmo
tempo como Pai e Mãe, suas múltiplas manifestações, poderes e virtudes são
representados na presença dos Deuses do Olimpo, do Valhalla, do Aztlan:
temos então, uma Minerva−Sabedoria, um Balder−Inspiração, uma
Vênus−Amor, um Odin−Curador, um Kukulkán−Força etc.
Assim como colocamos uma roupa nova diariamente, conforme
nossas necessidades, os princípios religiosos também necessitaram
adaptar−se ao nível de Consciência da humanidade. O Politeismo, quando
começou a entrar em sua fase decadente, foi caindo num descrédito cada vez
maior, como foi o caso da religião romana, com seus Deuses cada vez mais
ridicularizados pelos chamados “livres−pensadores”(na verdade, abutres
materialistas): teatrólogos, filósofos e escritores.
Antes, porém, de dar seu último suspiro, o Politeismo viu crescerem
novas visões da Divindade, não mais manifestada de maneira múltipla, como
no caso dos 22 Deuses olímpicos. Começa a aparecer o Monoteismo, com
um só Deus supremo, obedecido por um séquito de Anjos, Arcanjos,
Querubins, Serafins, Profetas, Santos e Beatos.
Essas três formas religiosas que se sucederam umas às outras foram
necessárias em seu tempo. Devemos refletir, entretanto, que sempre existiu
UMA ÚNICA RELIGIÃO, mais precisamente um princípio mágico, um espírito
religioso, que mostrou o Conhecimento (Gnose) necessário para o homem
trilhar o Caminho para Deus.
Concordo quando se afirma que a religião do futuro (eternamente
presente) é uma forma de Politeísmo Monista, uma espécie de Unidade
Múltipla Perfeita, os Vários formando (e sendo) o Uno. E essa Religião não se
diferenciará daquilo chamado pelos antigos de MAGIA.
O Caminho Dévico
Do ponto de vista iniciático, a realização completa e perfeita do
trabalho alquímico e mágico pode nos levar a ver três Caminhos de
Realização espiritual. Vêm a ser:
1. Senda Nirvânica, escolhida por aqueles que trabalham com os
mundos paradisíacos dos Budas; é o caminho do Êxtase.
2. Senda Direta, escolhida pelos Mestres que desejam encarnar o
Cristo Cósmico e perder−se completamente no Absoluto de Deus.
3. Senda Dévica, ou Caminho Angélico, responsável pela manutenção
da Grande Obra da Natureza; a esse Caminho escolheram os Seres que
decidiram unir−se à evolução dos anjos e ser discípulos dos grandes Deuses,
chamados de Gurus−Devas, os Supremos Construtores. É a esse Caminho
que trataremos um pouco mais neste livro.
Prática:
Sente−se ou deite−se de forma confortável, procurando ficar numa posição
imóvel. Relaxe o corpo e solte toda tensão muscular. Sinta a vida que se
manifesta em cada parte de seu corpo. Depois de relaxado o corpo, imagine
que de várias partes dele se estendem raízes que penetram por muitos
quilômetros na terra. Sinta que a terra é o corpo de um ser gigantesco que
alimenta e fortalece seu corpo físico com luz, vida, força e alegria de viver.
Enquanto realiza este exercício, sinta que os mais sinceros sentimentos que
brotam de seu coração se espalham, auxiliando na cura do planeta. Sinta que
é uma troca. Você recebe e dá ao mesmo tempo.
2 − A ORDEM NATURAL
A Tradição esotérica afirma que todo o Universo, toda a Natureza,
com corpo e espírito, é um Ser vivo e plenamente consciente, constituído por
sua vez de uma miríade infinita de seres altamente evoluídos, os quais
abarcam quantidades também gigantescas de seres, à semelhança de nosso
organismo, que possui átomos, moléculas, células, órgãos, sistemas e por fim
um corpo complexo regido por um Espírito(mais ou menos consciente de sua
verdadeira identidade).
Assim como cada átomo, célula etc. se unem formando um todo, essa
Suprema Divindade é oni−abarcante, onipresente e onisciente em todo o
Universo.
Esse Todo da Natureza, é o corpo de uma Deusa, de um Ser
Grandioso e Sublime, que existe nos mundos superiores e sempre foi
adorada e amada por todas as grandes mentes da humanidade, por ser fonte
materna e expressão dos mais belos sentimentos em nossos corações e
mentes. Ela foi chamada de Rainha do Céu, Mãe Arcangélica dos Universos,
Madona Santíssima, Virgem do Mar, Mãe Divina, Eterno Aspecto Feminino de
Deus e a causadora de todos os fenômenos naturais. Seus diversos atributos
foram manifestados nas múltiplas Deusas, como Vênus, Minerva, Ishtar,
Prakriti, Coatlicue, Virgem Maria, Hera, Prosérpina, Hua−Tsé, Kwan Yin, Ísis
etc… Por isso vemos que nas antigas religiões se cultuava um duplo aspecto
de Deus: como Pai e como Mãe.
Dante Alighieri, em sua Comédia, assim como outros Buscadores,
roga extasiado pela intercessão da Mãe Eterna em nossos processos
espirituais, assim:
“Ó Virgem Mãe, ó filha de teu Filho,
mais alta e humilde que qualquer criatura,
dos eternos desígnios termo e brilho!
Em ti se sublimou a tanta altura
a humana condição, que o seu Criado
em tornar−se acedeu sua criatura.
No teu seio fulgiu o doce amor
a cuja luz intensa e resplendente
germinou deste modo a Eterna Flor.
Aqui és para nós a transparente
face da caridade; e da esperança,
entre os mortais, és fonte permanente.
Tamanha é nestes céus tua pujança,
que quem o bem, sem ti, busca, hesitante,
como que a voar sem asas se abalança.”
Há o texto maravilhoso de um Ritual gnóstico que reverencia a Mãe
do Mundo. Vamos transcrever um pequeno trecho:
“Salve, Nuit, eterna Seidade Cósmica;
Salve, Nuit, Luz dos céus;
Salve, Nuit, alma primordial e única.
IAO… IAO… IAO…
Então, caiu o sacerdote em um profundo êxtase e falou à Rainha do
Céu: Escreve para nós teus ensinamentos. Escreve para nós a Luz.
E a Rainha do Céu disse dessa maneira: Meus ensinamentos não os
escrevo, não posso. Meus Rituais, em troca, serão escritos para todos,
naquela parte que não são secretos. A Lei é igual para todos. Deve−se operar
pela ação do Báculo e pela ação da Espada. Isso se deverá aprender e assim
deverá ser ensinado.”
E o Livro da Eterna Sabedoria afirma: “Ela é o Eterno Feminino
representado pela Lua e pela Água, a Magna Mater de onde provêm a mágica
letra M e o famoso hieróglifo de Aquário. Ela é também a matriz universal do
Grande Abismo, a Vênus primitiva, a grande Mãe virgem que surge das
ondas do mar com seu filho Cupido−Eros.”
Essa Potência Divina, esse Deus−Mãe, do ponto de vista cabalístico,
é representado pelo Arcano 3 do Tarô (A Sacerdotisa), e pela letra B. Todas
as grandes tradições, todos os grandes livros sagrados das religiões, todas as
orações sagradas, sempre começaram com o fonema B (ou Beth). Exemplos:
O Pai−Nosso, ensinado pelo Mestre Jesus. (Baina, em aramaico,
significa Nosso Pai);
A Súrata da Abertura, do Alcorão, com suas sete petições, inicia−se
com a invocação Bismillah (Em nome de Deus…);
A Gênese, de Moisés, começa com a palavra Bereshit (No início…),
etc…
Portanto, vemos como todo início, toda abertura, têm a Invocação dessa
Potência Divina de nossos Céus espirituais, nossa Mãe Divina.
O simbolismo esotérico do lado Materno, Feminino, da Divindade é
representado essencialmente por cinco aspectos ou manifestações mágicas,
plenamente trabalháveis pelo esoterista. Esses cinco aspectos são:
· Mãe Espaço(criadora de toda a Ordem Cósmica, todas as Galáxias,
universos, Templos Siderais etc.);
· Kundalini(responsável pelo Fogo Criador que emana do sol e se fixa no
mais profundo de nossa Alma);
· Mãe Morte( reverenciada por todas as culturas como a equilibradora da
Lei cósmica de Evolução e Involução);
· Natura( que criou o corpo de todos os seres, inclusive nosso corpo
físico);
· Maga Elemental(responsável pelas forças instintivas da natureza,
reprodução, sexualidade, instinto de sobrevivência etc.).
De acordo com sua necessidade psicológica e/ou mágica, o Buscador
pode invocar o supremo poder de um dos aspectos da Eterna Mãe. Cada um
desses aspectos possui sua própria ritualística, mantras, exigências, símbolos
etc. Todos os grandes magos sempre prestaram um reconhecimento do
infinito poder que essa potência cósmica, a Mãe Divina, representa no
trabalho esotérico. Ela é o topo de toda prática de Magia Elemental. Portanto,
afirma−se que se deve ter sempre em mente a presença e benção dessa
Energia Cósmica quando se for trabalhar com um elemental ou anjo.
A Esfinge Elemental
É muito extenso o simbolismo da Grande Esfinge egípcia de Gizeh e,
de acordo com o prisma com que se estuda esse portentoso monumento,
símbolo supremo da Magia Elemental, veremos nele uma série de
significados e emblemas. Chamado de “Tetramorfo”, por ser constituído por
quatro elementos, a Esfinge representa o próprio Mistério iniciático e o
silêncio do conhecimento espiritual, a síntese dos Arcanos e da complexa
natureza humana.
Existem variadas formas de esfinges, espalhadas pelo mundo,
indicando que elas nos passam uma sabedoria profunda. No seu todo é a
Unidade, o princípio consciente de toda a Criação, a Mônada secreta, o
Espírito organizador da Vida. Esfinges compostas de dois animais
representam a Dualidade universal, o Yin−Yang. Compostas de três
elementos, como as esfinges assírias, é a Trindade de todas as religiões (Pai,
Filho e Espírito Santo; Brahma, Vishnu e Shiva; Osíris, Hórus e Ísis;
Ometecuhtli, Omecihuatl e Quetzalcoatl; etc.).
O Quaternário ou a Lei do Quatro
A Esfinge de Gizeh, formada por quatro animais, representa a
Sagrada Lei do Quatro (que é um desdobramento da Lei do Sete), é a
possibilidade de manifestação e manutenção do mundo. Eis aí o misterioso
segredo do número quatro, que vem a ser, cabalisticamente falando, um
número−base do número sete, da Lei do Sete,; ou seja, dá a matéria−prima
que o Sete necessita para Organizar o Universo (tanto interior quanto
exterior). A maioria das religiões e sistemas de filosofia mística dão à
Consciência Divina, Deus, nomes formados por quatro letras.
O Tetráktis de Pitágoras é o mesmo Jeová (Yod−Hé−Vau−Hé) dos
cabalistas hebreus; é o mantra Tetragrammaton, que não pode ser
pronunciadoem vão. O Tetragrama é o nome sagrado que originou a maioria
dos nomes divinos, tais como: GOTH(flamengos), GOTT(germanos),
ALLÁ(muçulmanos), TEOS(gregos), TEOT (maias), TETH(egípcios),
INRI(gnósticos), ORFI(mogures), ELOA(assírios), EL−HA(caldeus),
SYRE(persas), DIEU(francos) etc…
Os Quatro Animais
Um sábio gnóstico, no século 2 dC, relacionou os quatro animais da
Esfinge aos quatro elementos e evangelistas: o Touro a Lucas, o Leão a
Marcos, a Águia a João e o Homem a Mateus. Eliphas Lévi caracteriza os
quatro animais a virtudes e elementos:
Touro − Terra,Trabalho, resistência e forma;
Leão − Fogo, Força, ação e movimento;
Águia − Ar, Inteligência, espírito e alma;
Homem − Água, Conhecimento, vida e luz.
Para visualizarmos melhor a influência da Lei do Quatro, podemos
também associá−la aos seguintes aspectos do Conhecimento:
+ Personalidades humanas: colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico
+ Reinos: mineral, vegetal, animal e humano
+ Sabores: doce, amargo, salgado e ácido
+ Raças: amarela, branca, negra e vermelha
+ Agentes químicos da Vida: Carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio
+ Sabedoria humana: arte, ciência, filosofia e religião
+ Idades espirituais: ouro, prata, cobre e ferro
+ Animais da Alquimia: corvo, pomba, águia e faisão
+ Animais bíblicos: leão, urso, leopardo e monstro de ferro
+ Mundos da Cabala: Asiah, Yetzirah, Briah e Atziluth
+ Elementais: gnomos, ondinas, silfos e salamandras
+ Estados da matéria: sólido, líquido, gasoso e plasma
+ Tattwas: prittvi, apas, vayu e tejas
+ Axiomas herméticos: poder, ousar, saber e calar−se
+ Gênios: Kitichi, Varuna, Parvati e Agni
+ Processos Alquímicos: putrefação, calcinação, destilação e realização
+ Corpos inferiores: físico, etérico, astral e mental
+ Operações matemáticas: adição, subtração, multiplicação e divisão; etc…
Sob um ponto de vista eminentemente ocultista, a Esfinge posssui um
mistério. Em sua contraparte astral, no seu interior, existe uma escola, um
centro iniciático, onde aqueles que são aceitos em seus salões aprendem
toda a Magia Elemental da natureza. Aprendem as configurações de todas as
Ordens hierárquicas, os templos e igrejas elementais de cada espécie vegetal
e animal, seus mantras, palavras de passe, rituais, nomes, funções e relações
com a evolução humana.
Diz−se que a entrada desse Sagrado Colégio Dévico está situada na
testa da Esfinge de Gizeh, seu instrutor supremo é um grande mestre que em
uma de suas vidas passadas foi um grande e sábio Faraó. E o Guardião
dessa porta astral é um poderoso Guru−Deva chamado Gaio.
Hierarquias Divinas ou Anjos Virtuosos
De acordo com as Forças Inteligentes que governam a Senda Dévica,
há uma hierarquia estruturada de forma matematicamente perfeita, em base
ao nível de Consciência, Poder e Vida dos Seres que compõem esse
Universo. Segundo os grandes Guias da humanidade e Mestres
Ascencionados, a vida universal é organizada pelas sete consciências
supremas, os chamados sete Anjos diante do Trono de Deus. No mundo
elemental e angélico, essa força organizativa é dirigida por sete grandes
Deuses elementais, ou Gurus−Devas, dos quais conhecemos melhor
quatro(representados pela Esfinge egípcia).
Esses quatro Seres são simbolizados como os sustentadores das
quatro pontas da grande cruz do universo, que crucifica a Alma que trabalha
intensamente para a sua Auto−Realização.
Esses quatro Querubins−Sustentadores são reconhecidos em todas
as culturas espirituais. São os quatro Devarajas, os Arquivistas, os Lípikas, o
Santo Serafim das Quatro Faces, os Quatro Tronos, os Quatro Arquitetos, as
Santas Criaturas Viventes, os Quatro Seres da visão do profeta Ezequiel, os
quatro Senhores da Morte, filhos de Hórus (Mestha, Hapi, Khebsenuf e
Tauamutef) etc.
Como Regentes da Evolução Elemental, são eles:
AGNI, Rei do Fogo Elemental, o qual aparece aos olhos do vidente
como um menino de puríssima aura, rodeado por uma inefável música; tem
sob suas ordens todos os Deuses, Anjos, Gênios e elementais do fogo,
conhecidos por Salamandras e Vulcanos. Seus símbolos são a espada, o
punhal e o Lábaro aceso. Rege o Sul da Terra. Este Reino elemental está
intimamente relacionado, no mundo divino, ao Arcanjo Samael, Regente de
Marte. Mantra: RA.
KITICHI, poderoso e misterioso Ser, comandante dos guardiães das
cavernas, obreiros subterrâneos, alquimistas dos metais interiores, Reis das
montanhas, e elementais da terra, conhecidos como Gnomos, Pigmeus e
Duendes. Seus símbolos são a pedra filosofal, o cetro de mando, a cruz sobre
uma bola, o Báculo. Seu domínio é ao Norte. O mundo elemental da terra
está ligado ao Divino Senhor Orifiel, Regente do planeta Saturno. Mantra: LA.
VARUNA, Senhor elemental portador do Tridente de Netuno,
representação do domínio sobre as três forças primárias que criaram o mar
do universo. Rege os reis dos sete mares elementais e seus mais humildes
seres são as Ondinas, Nereidas, Sereias e Ninfas das águas. Rege o
Ocidente e tem o Cálice como símbolo. Seu reino está localizado no Leste e
possui íntima ligação com Gabriel, Anjo da Lua. Mantra: VA.
PARVATI, sagrado Titã dos céus, cuja cabeça toca a mais alta nuvem
dos céus. Estão sob suas ordens os anjos da mente, dos ventos e brisas, do
movimento cósmico e seus elementais são os Silfos, Sílfides, Fadas e Elfos.
Seu reino localiza−se no Oriente do Mundo e seus símbolos são a pena e o
hexagrama. Possui ligação com Michael(Sol) e de certa forma a
Rafael(Mercúrio). Mantra: H (Suspirado).
Temos também a quintessência, o quinto Reino elemental, regido por
INDRA, e seus elementais são denominados Puncta. Existem mais dois
reinos elementais, chamados de Adhi e Samadhi, os quais pertencem a
ordens superiores, porém que podem ser sentidos, como sutis vibrações
violeta, nas práticas de meditação, especificamente nos horários entre quatro
e cinco da manhã.
Esse Devarajas mencionados acima são os chefes supremos da
evolução elemental de todo o sistema solar e têm a seu cargo inumeráveis
miríades de Reitores, os quais são chefes e senhores de milhões, bilhões, de
maravilhosos e humildes elementais, responsáveis pela ordem e harmonia na
natureza. Citemos os nomes de alguns desses Reitores:
NARAYANA, EHECATLE, BARBAS DE OURO, GOB, ARBARMAN,
MAGÔA, BAYEMON, EGYM, AMAIMON, SABTABIEL, ORFAMIEL,
HUEHUETEOTLE, MACHATORI, SARAKIEL, ACIMOY, ARCHAN, SAMAX,
MADIAT, VEL, MODIAT, GUTH, SARABOTES, MAIMON, VARCAN, HÓRUS,
APOLO, MINERVA, RUDRA etc…
Tais Deuses trabalham com as forças variantes dos Elementos. Por
exemplo, o Fogo possui diversas manifestações, tais como o fogo doméstico,
o fogo da Kundalini, o fogo solar, os fogos vulcânicos e do interior da Terra
etc. O mesmo ocorre com os outros elementos. Cada uma dessas variantes
do elemento fogo são administradas por diversos reis elementais, como os
citados acima. Existem práticas, rituais, mantras invocatórios e dias mais
propícios, capazes de criar um envolvimento com essas presenças
espirituais.
Elementais, ou Anjos Inocentes
Os Elementais sempre foram manipulados pelos Adeptos da Magia,
desde os mais remotos tempos. Tiveram diversas designações, tais como
Djinn, Sereias, Devas, Gênios, Anjos Inocentes, Duendes, Gnomos, Pigmeus,
Anões, Fadas, Trasgos, Peris, Damas Brancas, Vulcanos, Fantasmas, Ninfas,
Silvanos, Pinkies, Branshees, Silvestres, Silfos, Elfos, Musgosos, Sátiros,
Faunos, Nixies, Bebês d’Água, Mamaés, Sacis, Mulas−sem−Cabeça,
Brownies, Kobolds, Iamuricumás, Mannikins, Gobelinos, Nibelungos etc.
Eles são constituídos de corpo, alma e espírito e sua evolução, ao
contrário do que imaginam muitos esoteristas, tem algo a ver com a evolução
humana. De acordo com seu raio evolutivo(pois alguns pertencem ao
elemento terra, outros ao fogo etc.), o elemental pode se “encarnar” numa
pedra, numa planta, num peixe, numa frondosa árvore, numa labareda ou
mesmo nos fogos subterrâneos de um vulcão.
A evolução da essência espiritual tem confundido diversos tratadistas
de esoterismo. Muitos chegaram a afirmar que existem duas sendas
totalmente distintas e inconfundíveis: a humana e a angélica. O que ocorre,
com mais precisão, segundo as doutrinas mais ortodoxas, é:
Evoluções Elemental e Humana
Quando desce, involui, desde o mundo abstrato do Espírito universal,
a essência espiritual começa a se manifestar, a se corporificar no mundo da
matéria, nos reinos mineral, depois no vegetal e no animal; nesses reinos,
essa essência espiritual é chamada didaticamente de Chispa Divina, ou
simplesmente Elemental. No instante em que essa Chispa, esse fragmento de
Deus, do Fogo Universal, ingressa na evolução humana, ela passa a se
chamar Essência Monádica (no Oriente, Budhata). Portanto, nós um dia
fomos elementais e os elementais serão, mais cedo ou mais tarde, seres
humanos.
Ainda existe no mais profundo de nossa consciência algo de
elemental, uma espécie de memória da natureza, a qual se devidamente
aflorada com a Força do Amor, faz com que voltemos a manipular e dominar
os Rituais da Magia Elemental.
Essa memória elemental profunda, resgatada por nosso Espírito, é
chamada INTERCESSOR ELEMENTAL; seria nosso segundo Anjo da
Guarda, porém especializado na Magia da Natureza, na Magia Sideral e
Cósmica, que ensina como dominar os elementos naturais, os terremotos, os
incêndios, as forças vulcânicas, as nuvens chuvosas, realizar curas à
distância, ou também trabalhar com os Anjos planetários e alterar o Karma
(quando permitido pela Divindade). Os índios mexicanos chamam o
Intercessor Elemental de Nagual.
Essa idéia de manifestação elemental precedendo nossas
encarnações no reino humano é plenamente aceita nas doutrinas gnósticas
originais e no hinduismo e budismo. Os budistas afirmam que Sidarta
Gautama, o Buda, dizia que antes de se encarnar como humano foi uma
garça e um macaco, entre muitos outros. A mestra H.P. Blavatsky dizia que
sua última encarnação no reino animal foi a de um cachorro doméstico. E o
mestre Samael Aun Weor, o Avatar de Aquário, lembrava−se de suas
encarnações como peixe e sapo. Pitágoras também defendia a doutrina da
Transmigração das Almas e a da Metempsicose.
Outra idéia defendida é a da Involução das almas humanas. Aqueles
que por um motivo ou outro se degradam moral e espiritualmente,
esquecendo−se que devem mais dar do que receber e esquecendo−se
também de sua origem espiritual, tendem a “regredir no tempo”, e não mais
se encarnar em corpos humanos, mas sim em corpos de animais, vegetais e
por fim minerais. Essa “regressão da Alma” significa uma perda cada vez
maior da Consciência e dos atributos anímicos; é a chamada Segunda Morte,
segundo o Apocalipse de São João.A questão das evoluções e regressões da
alma é muito polêmica e de difícil compreensão.
Seres Involutivos
Dentro dessa lógica da lei dupla Evolução−Involução, podemos
deduzir que há animais, vegetais e até minerais em estado degenerativo.
Temos, como alguns exemplos, as formigas, os porcos, macacos, burros e
mulas e algumas ervas daninhas. Certos animais domésticos, próximos ao
ser humano, como cães, gatos, cavalos, papagaios etc., podem estar num
processo tanto evolutivo quanto involutivo.
Não se pode confundir seres involucionantes com aqueles que
pertencem ao Raio da Morte, ou de Saturno, como os urubus, hienas,
aranhas e outros faxineiros que executam um trabalho fundamental para a
natureza(leia o capítulo Os 7 Raios das Plantas).
Do ponto de vista da Magia Elemental, afirmamos que muitos
indivíduos se utilizam de maneira pérfida também desses animais
involucionantes, ou elementais inferiores, para seus trabalhos de magia
negra, conseguindo danificar a saúde e mesmo a vida de suas pobres
vítimas. Isso é o que se denomina trabalhar com os Tattwas negativamente.
Manipulando os Tattwas
Os Tattwas são as energias etéricas da natureza, a contraparte vital
do mundo físico. Podem ser usados tanto para o bem quanto para o mal,
dependendo do livre−arbítrio de cada mago. Quando se utilizam os Tattwas
para seu próprio egoismo, o indivíduo é chamado de mago negro; e quando
se utiliza essa força natural sagrada para o bem de si próprio e dos demais,
chama−se a esse indivíduo de mago branco. No próximo capítulo trataremos
um pouco mais acerca desse conceito de magias branca e negra.
As histórias fantásticas que pesquisamos baseiam−se na manipulação
das energias etéricas da natureza, chamadas Tattwas. A ciência que lida com
esse fenômeno é denominada de Jinas. Temos, por exemplo, os fenômenos
de materializações e desmaterializações, pessoas levitando e desaparecendo
(como nos casos de Jesus, Maomé e Buda), indivíduos que afirmam poder
assumir formas de animais (como a Licantropia). Temos também o fenômeno
dos Terafim, citados nos tratados de cabala e mesmo na Bíblia( estátuas e
objetos que passam a ter comportamento e movimentos humanos, por
estarem profundamente impregnados com fluidos etéricos). Esse trabalho
com as forças Jinas pode ser utilizado também para o mal, como é o caso da
fixação de fluidos vitais em bonecos, dentro da linha do Vodu.
Os Éteres Universais
Os quatro éteres básicos (Terra, Água, Ar e Fogo) da natureza podem
ser sentidos em nosso cotidiano, observando−se o clima local.
O éter do fogo está plasmado quando sentimos no ambiente calor,
secura, sede, cansaço e pouca movimentação de animais terrestres e
pássaros. Normalmente há pouco vento. Esse Éter é chamado pelos indianos
de Tejas. Sua cor no ambiente astral é o vermelho.
O elemento etérido do Ar, ou Vayú, é sentido quando há no ambiente
bastante vento, secura e certo ar de silêncio. Afirma−se que não é um
momento para negócios, fechamento de contratos etc., pois todo acordo e
pacto tende a se dissipar. A cor desse éter é o azul. Propício para a Magia
Mental.
O Tattwa da Água, ou Apas, cria climas úmidos, chuvas, tempestades
e enchentes. É propício iniciar com esse éter casamentos e negócios onde se
queiram colher muitos filhos e frutos, cuidar da terra onde se plantarão
árvores frutíferas etc. Sua cor é o amarelo.
Prittvi, da terra, é o elemento etérico que mais dá prazer e alegria aos
seres vivos, especialmente aos humanos e aos pássaros. É o momento em
que toda a natureza canta, sente−se uma leveza maravilhosa no ambiente, a
luz é fecunda e abundante e as pessoas têm vontade de cantar e soltar−se
emocionalmente. Prittvi normalmente acompanha a manifestação de Apas, o
éter úmido. Sua cor é o verde da natureza. Nesse momento pode−se
trabalhar com a Magia Verde, ou magia da cura.
O quinto elemento etérico, o Éter propriamente dito, o Akasha, é
sentido como se a natureza inteira entrasse em introspecção, o ambiente se
tornasse escuro, lúgubre. É o pior momento para se realizar qualquer coisa
externa, emocional ou profisionalmente. Segundo os budistas, é ideal para se
realizar meditações profundas e desenvolver técnicas de cura(pelas mãos,
olhos, vontade) e de autoconhecimento.
Prática
Relaxe o corpo, procurando a forma mais simples e cômoda para o corpo
físico. Solte todos os músculos vagarosamente. Sinta sua respiração se
acalmar naturalmente. Concentre−se nos batimentos do coração e sinta que
você se acalma mais ainda. Imagine que o planeta Terra também possui um
coração em seu centro, e que esse coração está ligado ao seu por fios
luminosos de cor dourada. Peça a esse Ser Vivo, que é a Divina Mãe Terra,
para preencher seu corpo e sua Alma com a sabedoria dos seres elementais.
Medite por cerca de meia hora diariamente. Após a meditação, vocalize o
mantra AOM por sete vezes.
3 − A ANATOMIA OCULTA DO HOMEM
O Conhecimento Oculto afirma que o Homem é potencialmente a
criação mais maravilhosa e complexa que Deus criou no universo. Dentro de
nós manifestam−se todas as leis cósmicas, todos os princípios elementais e
todos os anseios de auto−realização da Mãe Natureza. As virtudes mais
sublimes e o fôlego da Eternidade suspiram em nossos ouvidos tentando nos
relembrar de nossas Origens. Apesar de nosso corpo físico ser uma das
obras primas da natureza, ele é apenas uma pequena peça de um todo
muitíssimo mais fantástico e complexo.
Os sete Arcanjos da Presença vibram no mais profundo da Alma na
forma de átomos de Amor, Poder e Vida em nossas sete igrejas
apocalípticas(os Chacras). A santa Fraternidade Branca interna ressoa nos
átomos mais sublimes de nosso cérebro.
A ternura onipotente da Mãe Divina ilumina cada célula de nosso coração.
E o que dizer de nossos íntimos elementais atômicos? Os gnomos
internos de nossos ossos e músculos, as ondinas do sangue e líquidos
sexuais, os silfos trabalhando intensamente em nossos ares vitais (pulmões,
pensamentos etc.) e as salamandras atômicas, dando−nos aquela sensação
de calor e ânimo de viver.
Um grande mago moderno, Dr. Jorge Adoum (Adonai), dizia que o ser
humano é um rei da natureza, porém, um rei sem cetro, cujo reino ainda
espera ansioso para ser domado.
Os Sete Corpos
De acordo com as leis sagradas do Sete e do Quatro, as composições
químicas e energéticas do corpo e da alma se agrupam em níveis de
densidade que vão do mais grosseiro ao mais sutil, do corpo tridimensional de
carne e osso ao Espírito da Vida.As sete estruturas, ou corpos, do homem, à
semelhança do Universo inteiro, são:
1. Físico
2. Etérico (ou Vital)
3. Astral (ou de Desejos)
4. Mental
5. Causal (ou da Vontade; Alma Humana)
6. Consciência (ou Alma Divina)
7. Íntimo (ou Espírito)
O grande mestre e médico de almas Paracelso os designava assim:
1. Limbus
2. Múmia
3. Archaous
4. Sideral
5. Adech
6. Aluech
7. Corpo do Íntimo
Os distintos sete corpos dessa Anatomia Oculta interligam−se,
influenciando−se e afetando−se mutuamente. Quando ocorre um
desequilíbrio de um dos corpos acima citados, os outros ressentem,
ocorrendo então uma desarmonia ou doença. Enquanto a saúde do corpo
onde primeiro ocorreu o desequilíbrio não for totalmente restabelecida, não
haverá o radical processo de cura. Ou seja, todo o conjunto permanecerá
doente (com excessão dos dois corpos mais sutis, a Consciência e o Espírito,
pois estes somente influenciam).
Alma Sã, Corpo São e Vice−Versa
É do mundo das emoções e da mente onde se origina a maioria das
enfermidades, loucuras e doenças existentes hoje. Acredita−se que as
grandes guerras mundiais, as pavorosas epidemias, as grandes obsessões e
taras que infestam ciclicamente o mundo são unicamente as conseqüências
materiais dos estados interiores, resultados de uma série de poluições
mentais que vemos na atualidade: falsa educação, músicas desarmônicas,
mensagens subliminares absurdas, manchetes negativistas, sexualidade
desenfreada, programas de tevê infestados de violência, gerando entre outras
coisas o desrespeito a valores universalmente aceitos, como a família, a
fraternidade, o livre−arbítrio etc. Sem dogmatismos ou falso moralismo,
acreditamos sinceramente que os atributos espirituais do ser humano são os
verdadeiros alimentos para uma sociedade mais justa e equilibrada.
Afirma−se que quando se gera coletivamente um estado emocional
negativo, essa vibração é recolhida pelas superiores dimensões da natureza.
E quando as circunstâncias cósmicas e telúricas permitirem, essa energia
armazenada retorna inexoravelmente aos que a geraram, criando assim os
chamados Karmas individuais, coletivos, nacionais e até mesmo os
planetários.
Quando o ser humano viola as leis das causas naturais, essa violação
é devolvida na forma de catástrofes, enfermidades, terremotos, morte e
desolação. Por isso dissemos que o homem é um Deus em potencial. Ele tem
o poder de criar ou destruir a si mesmo e a seu ambiente.
No mundo interior do homem ocorre o mesmo que no exterior.
Quando leis são violadas, formas de agir e sentir são erroneamente
manifestadas, ocorrem as chamadas enfermidades kármicas(desta e/ou de
vidas anteriores). Aclaramos:
Graves danos no corpo causal(ou da Vontade) podem produzir o
Karmaduro, o chamado karma inegociável, além de enfermidades como a
Aids, a arterosclerose, gota, males cardíacos e outros desequilíbrios da
sociedade contemporânea.
Um corpo mental mal trabalhado e em desequilíbrio pode gerar desde
loucuras, cretinices, idiotias e outras doenças mentais, até insônias, anemias,
cistites, ciática, raquitismo etc.
O corpo astral normalmente é o campeão na produção e distribuição
de enfermidades. Ali podem ser gerados desde os simples abcessos às
bronquites, o bócio, alguns problemas cardíacos, câncer, diabetes,
nefrites(rins), gangrenas, gastrites e úlceras gástricas, gripes, malária,
hemorróidas, tuberculoses etc.
Já as doenças originárias no corpo etérico (vital) são bastante
interessantes de se analisar. Por ser contraparte energética do corpo físico, o
etérico atua principalmente nos sistemas nervoso e imunológico: Irritações,
alergias diversas, calvície, convulsões, conjuntivites, epilepsia, diarréia,
varizes etc…
Quanto às doenças eminentemente kármicas, ou seja, geradas por
atos e/ou emoções negativas em passadas encarnações, podemos citar:
A ira desenfreada gera a cegueira; a mentira contumaz cria
deformidades físicas horríveis; o abuso da maravilhosa energia sexual é um
dos causadores do câncer e da difteria; o medo e a insegurança geram rins e
corações débeis; a ansiedade descontrolada e o ateismo afetam os pulmões,
além de induzir à malária, ao raquitismo e à tuberculose. Isso se deve a que
nossos pensamentos, emoções e atitudes atraem átomos e energias
inferiores que danificam nossos corpos internos, repercutindo no corpo físico
futuro. Significa que na outra vida o código genético terá mais ou menos
dificuldades em responder às ordens harmonizantes dos átomos divinos do
Íntimo.
Enfim, demos uma pequena mostra de como nossa vida “moderna” e
sedentária tem nos levado ao aumento dos volumes dos livros de catalogação
de doenças das faculdades de medicina. Graças a Deus não existem
doenças incuráveis, pois negar qualquer possibilidade de cura é negar a
misericórdia do próprio Deus, fonte do princípio universal da Vida. A grande
mensagem dos grandes mestres−magos é da urgente necessidade de nosso
retorno ao Jardim do Éden primordial, a Mãe Natureza. Ali, com certeza,
seremos agraciados com seus mais belos frutos, como a saúde, a
prosperidade verdadeira, a singeleza. Quando retornarmos ao “suave jugo” e
à simplicidade dos seres espirituais que nos rodeiam, teremos então
encontrado a verdadeira fonte da eterna juventude e felicidade.
Com as práticas e dicas ensinadas neste livro, realizaremos
verdadeiros trabalhos de cura, harmonia e magia para nós mesmos e para
nossos semelhantes. Tudo isso baseados na simples observação dos rituais
vivos e dinâmicos do Cosmos vivo.
Poderes que Divinizam o Homem
Quando nos damos conta da existência daquela parte divina dentro de
cada um de nós; quando descobrirmos com a emoção mais profunda do
coração que essa divindade íntima quer que desvendemos as esferas
superiores de nossa Consciência; enfim, quando em nossas viagens internas
começamos a responder à inteligência do Pai Íntimo, então sim, como filhos
pródigos poderemos nos considerar um Deus, em potencial.
A investigação de nossa Alma nos faz crer que existem poderes que
levariam nossa vida a uma mudança tão radical que os limites de nosso
cotidiano se confundiriam com o Ilimitado. Com o uso de sons vocálicos,
mântricos, podemos conquistar nossa herança mágica, perdida num passado
longínquo. Mantras são invocações sonoras que o mago utiliza para
harmonizar seu corpo e seus Centros com as forças mais sutis da
Natureza(sobre esse tema trataremos em posterior capítulo).
Os homem possui ao todo 12 poderes, ou sentidos. Cinco sentidos
físicos (olfato, audição, paladar, tato e visão) e sete suprafísicos, atrofiados
na grande maioria de nós. Eventualmente um ou outro sentido suprafísico se
manifesta, dando−nos a certeza de que eles existem. Esses poderes são:
1.Clarividência
2.Clariaudiência
3.Intuição
4.Telepatia
5.Viagem Astral
6.Recordação de Vidas Passadas
7.Polividência
1. Clarividência: É a Terceira Visão.Com este poder, apresenta−se ante
nosso olho interior todo o universo oculto, as dimesões superiores e
inferiores, os elementais e os anjos, os corpos sutis, os desencarnados e as
formas−pensamento. Desenvolve−se a clarividência despertando o chacra
frontal (entre as sobrancelhas) e trabalhando−se a Ira. As virtudes são
paciência, serenidade e Imaginação consciente (não confundir com Fantasia).
A cor deste chacra é azul com matizes de rosa. O mantra para seu despertar
é INRI…
2. Clariaudiência: É o chamado Ouvido Interno ou Oculto. Com este sentido
podemos escutar a voz dos desencarnados, dos Mestres, a Música das
Esferas, compreender cada palavra pronunciada, valorizar a virtude do amor
à Verdade e compreender as Leis de Causa e Efeito. O chacra deste sentido
é o Laríngeo, situado na base da garganta. Suas cores são índigo e prata. O
mantra é ENRE…
3. Intuição: É a voz divina que nos fala por meio do Cárdias, o chacra do
coração. Com este sentido captamos o profundo significado das coisas e
ficamos sabendo com antecedência o que fazer. Os místicos afirmam que
este chacra desenvolvido nos dá também o poder da levitação (Jinas). A
virtude para este chacra é o Amor. E a cor é o dourado. O mantra é ONRO…
4. Telepatia: Quando andamos pela rua, pensamos em alguém e logo
passamos por ele; isso se chama captação de pensamento, e é despertado
com as virtudes do respeito a tudo e a todos, a discrição, o não julgar a
ninguém. O chacra é o do plexo solar, na altura do umbigo. É chamado de
Solar por ser o acumulador dos átomos ígneos que vêm do Sol. Aclaramos
que a Transmissão das ondas de pensamento se faz por meio do chacra
frontal e a captação pelo solar. As cores são o verde e o amarelo.O mantra é
UNRU…
5. Viagem Astral: Todos, sem excessão, saímos do corpo físico nas horas de
sono. Nossos sonhos são vivências (quase sempre inconscientes) de fatos
ocorridos no mundo astral, ou quinta dimensão. Quem de nós, em um dado
momento, estando relaxados, de repente pensamos em alguma coisa e nosso
corpo sente um leve choque, como que assustados? Na verdade, sem o
saber, estivemos saindo gradativamente do corpo físico e voltamos
bruscamente. Quando um indivíduo domina relativamente esse poder,
consegue coversar com os mestres e todos os desencarnados, penetrar nos
templos das igrejas elementais, viajar a qualquer lugar do mundo, acima e
sob a terra. Quando todos os chacras, especialmente o cardíaco, prostático e
hepático, estão em perfeita sintomia com as forças sutis do Cosmos, a saída
astral se torna mais consciente. A virtude é a Vontade e os defeitos a serem
trabalhados são a preguiça, o medo e a gula. A cor é o azul celeste. O mantra
é FARAON…
6. Recordação de Vidas Passadas: Essa função depende de um sistema
nervoso equilibrado, ou seja, um cérebro e uma coluna vertebral carregados
de energias transmutadas. Porém, os chacras ligados a esse poder são os
pulmonares, que se situam na parte superior das costas. A virtude requerida
para o despertar desse centro é a Fé consciente e serena. Trabalhando−se
com os chacras pulmonares conseguimos absorver a experiência e o
conhecimento acumulado de vidas passadas. A cor é o violeta.O mantra é
ANRA…
7. Polividência: É a virtude dos atletas da meditação, dos adeptos do Êxtase
espiritual. O chacra coronário, o do topo da cabeça, é a porta de entrada e
saída da Essência. A polividência é a capacidade da nossa consciência, ou
Essência, desligar−se completamente de seus sete corpos e penetrar na
Realidade Única, na essência profunda e na razão de ser das coisas. Todas
as sete cores ao mesmo tempo. O mantra sagrado é TUM…
Trabalhando os Elementais Internos
Devemos recordar que só controlaremos os elementais externos
quando tivermos pleno domínio sobre os internos. Caso contrário, não!!!
Podemos entrar em contato íntimo com os mundos elementais trabalhando
com nosso próprio REINO INTERNO, o qual, como já dissemos antes,
congrega os variados átomos da terra, da água, do ar, do fogo e do éter.
Esses cinco elementos se encontram em todos os reinos e dimensões
da natureza. Nosso corpo físico é dividido em cinco partes. Dos pés aos
joelhos existe a influência vibratória do elemento Terra. Dos joelhos ao sexo,
o elemento Água. Do sexo ao coração, o elemento Fogo. Do coração ao
entrecenho temos o elemento Ar. E na parte superior do cérebro o elemento
Éter.
O conhecimento da localização e influência dos elementais atômicos é
importante no trabalho de Magia Elemental porque ao trabalharmos com a
vida contida nas plantas, nos cristais, na chama das velas, nos rios e
oceanos, pela Lei de Ressonância faremos nossa Alma e nosso corpo
vibrarem intensamente. Mesmo atuando no corpo e na alma de outra pessoa,
estamos trabalhando sobre nós mesmos.
Os Elementais e os 7 Chacras
Existem 7 Templos sagrados no mundo astral ligados aos elementos
cósmicos e nos conectamos magneticamente a eles por meio de nossos sete
principais chacras, batizados no esoterismo crístico de Igrejas do Apocalipse.
O chacra básico, na ponta da espinha dorsal, nos liga ao elemento
Terra e seus mantras principais são o IAO e o S (como o silvo prolongado de
uma serpente). Os grandes magos afirmam que ao se despertar esse centro
dominamos externamente os gnomos e pigmeus, além dos fenômenos
telúricos, como terremotos, erosão, pragas de formigas, lesmas e outros.
Internamente, desenvolvemos a Paciência, a Diligência e a Laboriosidade.
Todos os chacras das pernas (dos joelhos, do descarrego nos calcanhares,
das solas dos pés etc.) estão subordinados ao Básico.
O chacra prostático (chamado de uterino, nas mulheres), localiza−se a
quatro dedos acima dos órgãos sexuais, no púbis. Seu mantra principal é a
letra M. Com ele trabalhamos os elementais das águas, ondinas e nereidas,
dominando as nuvens chuvosas, as ondas dos mares, as enchentes e as leis
de equilíbrio da natureza(chamadas de Leis do Trogo Autoegocrático
Cósmico Comum. É um nome complexo, mas significa Tragar e Ser Tragado,
Receber e Doar, Dar para Receber). Interiormente, desenvolvemos a
Castidade, a Fidelidade e a compreensão da Prosperidade. Este chacra é o
centro de irradiação e controle de outros, como o da bexiga, testículos(ou
ovários) e rins.
O chacra solar, como já dissemos, confere o poder da telepatia. Mas
também dominamos o Fogo, e seus seres, as Salamandras e os Vulcanos.
Psiquicamente pode−se dominar os incêndios, as fogueiras, o poder curativo
das velas. Este chacra domina os chacras secundários e terapêuticos, como
do fígado, do baço, do pâncreas, o da boca do estômago etc.
O chacra cardíaco, por nos ligar aos elementais do Ar, Silfos e
Sílfides, Fadas e Elfos, nos dá poderes sobre o vento, os furacões, as brisas,
a levitação, o teletransporte. Também nos confere a compreensão da
natureza pela teologia, pelos rituais e a mensagem dos símbolos pela
Intuição. O Cárdias auxilia os chacras pulmonares, os das axilas, dos
cotovelos e os das palmas das mãos.
Os chacras superiores(laríngeo, frontal e coronário) nos auxiliam a
trabalhar e compreender as energias cósmicas superiores do Ser, como o
desapego, a sabedoria, a verdade, a inteligência, a justiça, a misericórdia etc.,
já que a Loja Branca atômica de nosso corpo físico está no cérebro. Esses
três chacras sagrados têm sob sua influência outros, como o do cerebelo, o
“chacra oculto”, os sete chacras especiais que circundam o coronário, o do
hipotálamo, do timo, do palato etc.
Enfim, nosso organismo psíquico contém uma fantástica constelação
de chacras que nos ligam às mais variadas energias cósmicas e telúricas.
Alguns afirmam que nosso corpo astral possui cerca de 10 mil chacras e o
corpo mental está estruturado com mais de 200 mil chacras. Isso, sem contar
os chacras dos outros corpos. Conhecendo−se essa Anatomia Interior,
podemos direcionar a força elemental. Conhecendo a parte enferma da alma
e do corpo, deficiências ou com bloqueios, podemos trabalhar com as
salamandras, os gnomos etc. Conhecendo o procedimento ritualístico, os
símbolos, os mantras, os nomes das Deidades especialistas em
determinadas energias, podemos iniciar um verdadeiro trabalho magístico. O
grande segredo é o Conhecimento prático, e não unicamente a teoria estéril.
É o que se propõe ensinar neste livro.
Prática:
Procure mais uma vez uma postura de relaxamento e meditação. Imagine que
seus chacras tomam a forma de luminosas flores cor de rosa. Dos mantras
acima citados(para despertar um dos sete sentidos paranormais), escolha um
deles que você sinta mais afinidade e pratique por cerca de 10 minutos.
Visualize que o chacra correspondente ao mantra escolhido se transforma
num templo dentro de você. Penetre com a Imaginação Consciente dentro
desse templo e sinta a Sabedoria ali contida. Ore à sua Mãe Divina e peça
que Ela preencha seu corpo e sua Consciência com Amor, Sabedoria e
Força. Lembre−se: cada exercício deste livro deve ser praticado por pelo
menos uma semana. Sinta a energia contida em cada prática.
4 − MAGIA ELEMENTAL NAS RELIGIÕES
O Conhecimento Iniciático sempre utilizou imagens específicas para
representar o Cosmos, o universo, a vida espiritual e suas múltiplas formas de
manifestação, Evolução e Involução. De acordo com os postulados da
psicologia interior, essas realidades eram representadas em linguagem
simbólica, parabólica e/ou metafórica. Temos símbolos universalmente
aceitos por todas as culturas e pensamentos, como as Montanhas, os
Templos, as Espadas e os Cálices e temos também as árvores sagradas.
A Árvore Misteriosa, situada no centro do paraíso, é um símbolo
encontrado em em todas as culturas espirituais representando a estrutura do
universo. Normalmente seus galhos tocam os confins do Infinito e suas
múltiplas dimensões, e seus frutos representam os atributos positivos do
Eterno.
Sem exceção, a Árvore Sagrada fez parte das tradições genesíacas
de povos, tais como os maias, astecas e incas, os egípcios, os cabalistas
hebreus, persas, druidas, povos nórdicos, chineses, japoneses, coreanos,
maoris, nativos africanos etc. Vejamos alguns exemplos como ilustração.
A Árvore Bodhi
É universalmente reconhecida a imagem do Buda Sakiamuni
recebendo sua iluminação, após 49 dias de meditação profunda, sentado sob
a árvore bodhi, normalmente representada como uma figueira da índia (na
verdade, um trabalho profundo de iluminação dos 49 níveis de sua mente
pela energia sagrada da kundalini, simbolizada pela Árvore do Bem e do Mal.
Na Bíblia, lê−se: “Comereis dos frutos de todas as árvores, menos da árvore
do Bem e do Mal”, ou seja, não usar a energia sexual animalescamente, mas
magicamente). Daí essa portentosa árvore ser considerada na Ásia como a
Árvore da Vida. Afirmam as tradições budistas que a árvore sagrada protegia
o Buda das investidas do demônio Marah; ela o protegia envolvendo o
Iluminado com seus galhos.
A Árvore Escandinava
A versão nórdica da árvore da vida está bem detalhada nos Eddas, a
bíblia escandinava, na verdade uma coletânea de contos de fundo esotérico.
Chamada de Yggdrasil, essa árvore representava o deus Ygg (ou Odin) e era
um gigantesco Freixo situado no cimo de uma montanha. Yggdrasil que
servia de abrigo para as reuniões e concílios dos deuses e seus galhos
ultrapassavam os limites dos céus. Quatro cervos (os Devarajas) se
alimentavam de seus brotos, em seu topo vivia uma majestosa águia (o
Espírito) e em suas raízes se encontrava a poderosa serpente Nidhugg (a
Kundalini a ser desperta). Essa árvore sagrada era eterna porque estendia
suas três raízes(as forças primárias) até duas fontes: a da primavera e a da
sabedoria, guardadas pelo lobo Fenris (a Lei) e pelo gigante de gelo Mimir (as
forças instintivas da natureza). O Yggdrasil é a única potência capaz de levar
os “mortos na batalha” para o Valhalla (o Paraíso) e de impedir o fim do
mundo, dos Deuses e dos homens (esse Fim do Mundo, entre os nórdicos,
chama−se Ragnarok).
Plantas Sagradas Entre os Gregos
A magia vegetal esteve intimamente ligada aos deuses e tradições
greco−romanos. Vejamos algumas, como referência:
TRIGO: Foi o dom supremo de Deméter, ou Ceres, Deusa da Terra. É o
alimento do corpo e da alma. Como o arroz entre os orientais e o milho entre
os pré−colombianos, o trigo representa a chave da vida e da abundância. É a
energia à espera de sua transmutação.
UVA: Dedicado ao deus Baco, ou Dionisios, do Êxtase, da Castidade e das
Artes. O vinho representa o trabalho sagrado da transmutação alquímica.
Com o trigo, eram os dois principais símbolos do anelo de Liberação nos
Templos de Elêusis e posteriormente se transformaram em parte do mistério
crístico da Salvação (Mistério Eucarístico). Na Alquimia egípcia e depois na
medieval, o pão e o vinho foram representados pelo Sal e o Enxofre.
OLIVEIRA: É ao mesmo tempo alimento, medicina e combustível. Está ligado
a Minerva, ou Palas Atena, deusa da Sabedoria e do Fogo.
LOURO: Árvore sagrada do solar Apolo, ou Helios, representa o triunfo
conquistado depois de longas batalhas e duros sacrifícios. É um dos símbolos
dos videntes e profetas.
ARTEMÍSIA: Planta consagrada a Diana caçadora (Ártemis), a que socorre as
mulheres no parto. O interessante é que essa planta regula a menstruação e
evita a gravidez.
MURTA: Consagrada a Vênus−Afrodite. Além de afrodisíaca, diz−se que a
aura da murta alimenta o amor nos lares.
PINHEIRO: Associado a Júpiter−Zeus, por sua presença majestosa e força.
Esta árvore, pela solidez de sua madeira, representa a perpetuidade da vida.
Além das associações com as divindades, muitas plantas tinham
íntima relação com determinados templos oraculares. Delfos e Delos estavam
ligados ao louro, Dodona ao carvalho, Epidamo e Boécia à canela e árvores
condimentares.
Também temos muitas outras representações que nos remontam à
presença e à manifestação da Divindade. Temos o Ashvata ou figueira
sagrada da sabedoria oriental; o Haoma dos mazdeistas, onde se vê
Zoroastro esquematizando o homem cósmico; o Zampoun tibetano e o
carvalho de Ferécides e dos celtas. Duas das tradições que nos chegaram de
forma mais complexa são a das plantas bíblicas e seu simbolismo e a Árvore
da Vida cabalística.
Plantas Bíblicas
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento são considerados
mananciais abundantes dos simbolismos vegetais. O mistério do mundo das
plantas é tão importante que vemos Deus criando com especial ênfase o
reino vegetal no primeiros Dias do Mundo. Vejamos em Gênese(Cap.1,
Vers.11):
“Em seguida, Ele disse:
−Que a Terra produza todo tipo de vegetais, isto é, plantas que dêem
sementes e árvores que dêem frutos.
E assim aconteceu. A Terra produziu todo tipo de vegetais: plantas
que dão sementes e árvores que dão frutos. E Deus viu que o que havia
acontecido era bom. A noite passou e veio a manhã. Esse foi o terceiro Dia.”
A partir disso, vemos centenas de citações, algumas complexas,
outras de forma superficial, de diversas plantas e árvores. Chegamos a contar
mais de cinqüenta espécies diferentes.
Citemos algumas plantas encontradas na Bíblia:
Abóbora, Açafrão, Aloés, Amendoeira, Carvalho, Cedro, Cevada,
Endro, Feno, Figueira, Hena, Junco, Lentilha, Lírio, Mirra, Murta, Nardo,
Olíbano, Oliveira, Palmeira, Salgueiro, Tamareira, Trigo, Videira(uva), Zimbro
etc.
Por trás de meras citações, esconde−se uma sabedoria maravilhosa,
um mistério conhecido por poucos esoteristas. A Magia Bíblica é algo muito
profundo e merece um estudo a parte. Sabemos que a Bíblia é um
aglomerado de livros altamente simbólicos, onde se vê o Caminho Iniciático
completo; o trabalho total da realização alquímica da Alma e do Espírito; a
história, não só do povo hebreu, mas de nosso planeta e também da Galáxia.
É um livro fantástico para quem sabe interpretá−lo: os que possuirem as
chaves da Alquimia, da Astrologia Hermética, Psicologia esotérica e Cabala
conhecerão a letra viva e não a letra morta, como a maioria. A Magia
Elemental é um dos legados ocultos desse livro sagrado.
Os elementais encarnados nas plantas bíblicas podem ser
trabalhados na cura, na harmonia, na aceleração de nosso processo
espiritual, no fortalecimento de nossas virtudes e poderes internos etc.
Vejamos dois exemplos da Santa Magia Bíblica, para o leitor ter uma
pequena noção do ensinamento escondido em cada citação
Livro de Jeremias, cap.1, vers.9: “Aí o Eterno estendeu a mão, tocou
em meus lábios e disse:
− ‘Veja, estou lhe dando a mensagem que você deve anunciar. Hoje,
estou lhe dando poder sobre nações e reinos, poder para arrancar e derrubar,
para destruir e arrasar, para construir e plantar’.
O Eterno me perguntou:
− ‘O que é que você está vendo?’
− Um galho de amendoeira− respondi.
O eterno me disse:
− ‘Você está certo; eu também estou vigiando para que minhas
palavras se cumpram’.
Além de conter informações secretas de outro vegetal(a planta da
coca), a vara da amendoeira representa o Cetro do mago e o bastão dos
patriarcas, símbolos iniciáticos do trabalho alquímico com a energia da
Kundalini, que dá poder sobre tudo e todos. Além disso, temos o trabalho
mágico propriamente, com o elemental da amendoeira, poderoso tanto para o
bem quanto para o mal. Os magos europeus, especialmente os Druidas,
costumavam dissolver trabalhos de magia negra e também curar à distância
com essa planta. É interesante notar que as palavras amendoeira e vigiando
são muito parecidas, na língua hebraica.
Gênese, cap.3, vers.1:
A Serpente era o animal mais esperto que o Deus Eterno havia feito.
Ela perguntou à mulher:
− ‘É verdade que Deus mandou que vocês não comessem as frutas
de nenhuma árvore do Jardim?’
A mulher respondeu:
− ‘Podemos comer as frutas de qualquer árvore, menos a fruta da
árvore que fica no meio do Jardim. Deus nos disse que não devemos comer
dessa fruta nem tocar nela. Se fizermos isso, morreremos.
Mas a Serpente afirmou:
− ‘Vocês não morrerão coisa nenhuma! Deus disse isso porque sabe
que, quando vocês comerem a fruta dessa árvore, seus olhos se abrirão e
vocês serão como Deus, conhecendo o Bem e o Mal.’
A mulher viu que a árvore era bonita e que as suas frutas eram boas
de se comer. E ela pensou como seria bom ter Conhecimento. Aí apanhou
uma fruta e comeu; e deu ao seu marido e ele também comeu. Nesse
momento os olhos dos dois se abriram e eles perceberam que estavam nus.
Então, costuraram umas folhas de figueira para usar como tangas…’
A magia da figueira está intimanente ligada às energias sexuais. O
Avatar de Aquário afirma que os Anjos que regem a evolução dos elementais
das figueiras determinam nosso karma, baseados em nossa conduta sexual;
são anjos ligados aos Senhores do Karma que dirigem todo o Sistema Solar.
Além disso, o elemental dessa planta pode ser utilizado para curar nossa
função sexual. É curioso observar que o figo maduro assemelha−se a um
escroto e dentro dele centenas de pequenos filamentos parecidos com
espermatozóides.
A Árvore Cabalística
Os místicos judeus, ou cabalistas, primeiro criaram um Jardim repleto
de árvores frutíferas; em seguida, estabeleceram duas delas(a árvore da
ciência e a árvore do Bem e do Mal) no meio do Éden e as transformaram no
centro de todo o drama da humanidade.
A Árvore Sefirótica, ou Cabalística, é um desenho mágico−filosófico
que representa a Adão Kadmon, ou Homem Cósmico, Deus, e às muitas
dimensões onde Ele se manifesta e trabalha. Na verdade é uma tentativa de
esquematizar de forma diagramática as forças universais. A Árvore Sefirótica
possui dez galhos, ou Emanações divinas, que seriam os dez mundos ou
Dimensões.
Podemos notar a relação entre cada uma dessas Séfiras e as diversas
Ordens de seres espirituais que se manifestam no Universo. Cada Ordem
possui seus atributos, seus poderes, suas virtudes. Conhecendo os mantras e
exercícios para se entrar em contato com essas dimensões, temos a
possibilidade de manipular os atributos dos Seres daqueles mesmos planos.
Parafraseando o grande Hermes: “O que está em cima é como o que está
embaixo e o que está fora é como o que está dentro(e vice−versa)”,
descobriremos o motivo de se estudar o Diagrama Sefirótico. As potências
divinas, angélicas e elementais, quando invocadas, fazem vibrar nossos
diversos corpos interiores, e as virtudes e poderes desses Deuses sefiróticos
se farão sentir nos átomos anímicos.
As três primeiras Emanações (Kether, Chokmah e Binah) são
batizadas com o nome de Coroa Sefirótica, ou Triângulo Divino, e
representam a chamada Santíssima Trindade de todas as religiões solares.
São as três forças primárias organizativas de tudo o que é e o que será. A
partir daí, temos as sete Séfiras, que vêm a ser os sete mundos, ou planos.
Vêm a ser os sete corpos de nossa constituição interna, como já estudamos
anteriormente, ou seja, de Chesed a Yesod, temos nossos corpos internos e
Malkuth (o Reino) vem a ser nosso corpo físico.
Exemplos: Queremos trabalhar sobre nosso corpo astral, otimizar
nossas emoções, equilibrar nossos chacras astrais e preparar−nos para os
exercícios de magia prática? Trabalhemos com os anjos lunares, regidos por
Gabriel! Necessitamos curar alguém com sérios desequilíbrios mentais, ou
compreender as forças mentais que regem nosso Destino? Invoquemos o
Meritíssimo Arcanjo Rafael, de Mercúrio, e seus auxiliares! Necessitamos unir
um casal em conflito, ou encher um lar desarmônico com os Átomos do Amor,
que se encontram estacionados no mundo causal(pois o Amor é a Causa e a
Origem de tudo)? Realizemos a Magia do Amor com Uriel e seus inefáveis
anjos rosa! Ou necessitamos despertar os atributos solares, superiores, de
nossa Consciência Espiritual, como Dignidade, Humildade, Fé, Esperança,
Empatia,Obediência à Lei etc.? Supliquemos ao Cristo Michael, Arcanjo de
nosso Sistema Solar, que incita o fortalecimento da Geburah interior, a Bela
Helena! Gostaríamos de despertar os valores guerreiros de nosso Espírito,
nosso Pai Interno? Chamemos a Samael, Gênio do planeta Marte e que faz
vibrar nosso Chesed Íntimo!!!
Prática:
É necessário que você tenha, para esta prática, um vaso de plantas. Pode ser
um pequeno vaso com uma roseira, violeta ou outra qualquer. Sugerimos um
pé de hortelã. Relaxe o corpo como das vezes anteriores e vocalize seu
mantra de preferência. Pode ser o AOM. Peça à sua Divindade Interior, ao
seu Cristo Interno ou à sua Mãe Natureza Interior para que você sinta/veja a
presença do elemental da planta que está no vaso. Entre em meditação e
vibre com a Inteligência que existe dentro dessa planta.
5 − OS ANJOS E MESTRES CABALÍSTICOS DA
CURA
Sabemos que está em moda no Brasil e no mundo a idéia de se
trabalhar com os 72 Anjos Cabalísticos. Devemos aclarar melhor essa
tradição, que tem confundido o esoterista em seu desejo sincero de praticar
com as Consciências espirituais. Diz−se que cada um desses Anjos, ou
Gênios, influencia a Luz Astral de cada dia do ano, além de serem os nomes
de Virtudes divinas que necessitamos despertar dentro de nós mesmos.
Esses Seres são muito mais que isso. Segundo a Cabala Esotérica,
são 72 Reitores que dirigem os trabalhos de miríades gigantescas de anjos
especialistas em medicina espiritual. Os 72 Gênios são auxiliares diretos do
Arcanjo Rafael e se prestam como uma espécie de antena espiritual
captadora, transformadora e transmissora das ondas verdes curativas que
vêm do planeta Mercúrio.
Recomenda−se trabalhar com os 72 nomes sagrados utilizando−os
como mantras especiais nos rituais de cura, enquanto se realizam outros
trabalhos paralelos, como Correntes de Irradiação, Defumações, Conjurações
e Limpezas astrais, Orações aos Mestres da Medicina Universal etc… Sobre
Eles, leia na parte deste livro intitulada FORMULÁRIO PRÁTICO DE MAGIA.
Mestres da Medicina Universal
Enquanto os 72 Gênios Cabalísticos canalizam as ondas áuricas de
Mercúrio sobre a Terra, há miríades de seres que se utilizam dessa energia
curativa por onde quer que se faça necessário. Tais Indivíduos Cósmicos
harmonizam e curam os corpos e almas de todos os reinos, particularmente
do humano, dados os extremos desequilíbrios mental, emocional e físico em
que se encontra nossa civilização.
Há templos especializados em trabalhos curativos (desobstrução dos
canais de energia, cirurgias, descontaminação por larvas astrais,
realinhamento dos chacras, regeneração dos tecidos sensíveis dos cérebros
de nossos corpos sutis etc…), além de serem escolas de Sabedoria para
aqueles interessados em auxiliar desinteressadamente a humanidade.
Como há milhares de Mestres Curadores (membros da Fraternidade
Branca) nas dimensões superiores trabalhando ocultamente em nosso
benefício, podemos citar somente alguns deles, que podem ser invocados
pelo leitor praticante:
Paracelso, Huiracocha, Ra−Hoorkhu (no Egito, Ra−Hoorkhuit), Anjo
Aroch (conhecido no Egito como Paroch), Hilarion, Galeno, Esmun, Anjo
Adonai, Hipócrates(ou Harpócrates, no Egito,Heru−Pacroat), o Apóstolo
Pedro, Plutão e Hermes Trismegisto(esses quatro últimos são especialistas
em cura do corpo mental).
Se pudermos invocá−los com a força do amor e com toda fé e
veneração possíveis, tenhamos certeza de que seremos visitados por eles,
mais cedo ou mais tarde. Ou serão enviados anjos de cura aos locais
solicitados.
Procedimentos Magísticos
De acordo com a Tabela Cabalística, o dia mais propício para se
realizar Correntes de Cura é às segundas−feiras. Isso se deve a que cada um
dos sete planetas sagrados e a Terra possuem momentos de maior e menor
conjunção magnética. Entre Mercúrio e Terra, p.ex., essa maior irradiação se
dá nas segundas−feiras, mais intensamente entre meia−noite e duas da
madrugada (ou seja, na madrugada de domingo para segunda). No próximo
capítulo veremos uma lista dos sete planetas e sua relação com os diversos
Reinos da natureza, cores, nomes sagrados, mantras, plantas e animais (e
seus elementais), conjurações etc.
Ao realizarmos o chamamento mental dos mestres curadores,
devemos estar num ambiente tranqüilo e purificado de todo pensamento de
ceticismo (removeremos montanhas caso tenhamos Fé Consciente do
tamanho de um grão de mostarda). Se tivermos um local específico para
trabalhos espirituais e com um pequeno altar, ou mesa de cura, será muito
melhor ( sobre essa mesa falaremos mais, logo em seguida). E se forem
feitas as invocações entre um grupo de amigos com sentimentos e
pensamentos afins, os resultados não se farão esperar muito, se a Justiça e a
Misericórdia Divinas permitirem, é claro. Frases que podemos sugerir nos
rituais de cura, mas que podem ser adaptados, conforme a intuição e a
experiência do leitor, estão ao final deste livro, na parte FORMULÁRIO
PRÁTICO DE MAGIA.
Altares de Cura
As mesas de cura ou altares nos santuários médicos são feitos de
cipreste, cedro ou outra madeira olorosa e se faz a consagração dessas
madeiras banhando−as com óleo de rosas, cera virgem, almécega, incenso,
aloés, tomilho e resina de pinho. Antes, porém, da consagração, o altar deve
ser bem lavado com água morna e sabão perfumado. Afirma−se que os
produtos acima citados possuem poderes ocultos e captam as ondas mentais
do planeta Mercúrio, morada do Cristo Curador.
Sobre essa mesa de cura se pode colocar um mantel de algodão ou
linho e os objetos ritualísticos são: vasos com flores, um crucifixo, objetos
representando os Elementos da natureza, azeite de oliva e sal, um
candelabro com três ou sete braços portando velas coloridas e
perfumadas(com exceção das velas pretas, marrons, cinzas e vermelhas),
além de símbolos planetários do Sol, Mercúrio, Vênus ou Júpiter (como
quadrados mágicos, pantáculos e metais dos planetas; veja−se a última parte
deste livro), de acordo com o trabalho a ser efetuado.
Os elementos da natureza podem ser representados por um cetro ou
uma pequena barra de ferro com sete divisões(Terra), um cálice ou copo com
água (Água), uma pena de ave de alto vôo (Ar) e uma espada ou punhal
(Fogo) ou mesmo as velas acesas do candelabro.
A Cura Pelos Perfumes
Todos os templos esotéricos e curativos do passado e mesmo os
atuais sempre deram ênfase especial aos perfumes. Tanto no sistema de
defumação quanto nos banhos com óleos ou uso de objetos odoríferos
nesses santuários, os perfumes eram importantes para o restabelecimento da
saúde do usuário ou do paciente, devido à sua influência sobre o cérebro e o
sistema nervoso em geral; do ponto de vista oculto, a vibração dos produtos
aromáticos excita os chacras e fortalece os corpos internos, iniciando uma
harmonização “de dentro para fora”.
Os árabes eram especializados em produzir perfumes e óleos
essenciais e por isso eram reconhecidos mundialmente por seus livros e
tratados de Osmoterapia (ou Aromaterapia) que versavam acerca da
confecção desses perfumes e óleos. As maiores bibliotecas espanholas,
portuguesas e francesas ainda guardam valiosíssimos volumes e farta
documentação sobre esse conhecimento fantástico.
Os indianos e tibetanos eram exímios manipuladores da Aromaterapia
e a aplicavam em suas medicinas, as quais classificavam os perfumes em
cinco categorias: repugnantes, picantes, aromáticos, rançosos e
embolorados. A medicina tibetana afirmava que os perfumes têm um efeito
especial no subconsciente, puxando todas as informações ligadas ao
processo natural de autocura do indivíduo.
Os grandes templos budistas, a maioria deles na China e no Tibet
(infelizmente, grande parte destruída) utilizavam−se de madeiras odoríficas
para a confecção das estátuas sagradas de Buda e da Mãe Cósmica (Tara).
Ainda se vêem nos conventos diversas bandeirolas coloridas e estátuas
sagradas feitas de Sândalo, aromatizadas com deliciosos e sutis perfumes.
Afirma−se que as orações mântricas feitas diante dessas estátuas podiam
realizar verdadeiras e radicais curas, mesmo à distância.
Entre os índios da América do Norte era comum se cobrir os enfermos
e desequilibrados com a fumaça de certas plantas, como o zimbro e o tabaco.
Diziam que com esse procedimento expulsavam os maus espíritos que se
alimentavam de doenças e desentendimentos, além de atraírem a presença
do deus supremo da cura, Wakan Tanka, o deus−búfalo(é o próprio Espírito
Santo). Por isso se realizavam rituais com “cachimbos da paz” para se
realizar acordos amistosos.
Podem−se ver também, em muitos santuários curativos, pequenas
bolas feitas de panos embebidos em óleos especiais e enrolados sobre folhas
e raízes de plantas especiais. É doze o número mínimo dessas bolas e se as
penduravam nos tetos e portas desses templos ou nos braços das estátuas.
Essas bolas, chamadas pelos tibetanos de Tchim−Purma, contêm ervas e
perfumes ligados aos princípios harmonizadores dos doze signos. Sabe−se
pela astrologia que cada constelação zodiacal vibra intensamente em
determinada parte do corpo e o aspecto vital(ou etérico) de cada uma dessa
partes da anatomia humana pode ser trabalhado, excitado e curado pelos
Perfumes Zodiacais. Por exemplo: se alguém estiver com dor de cabeça ou
esgotamento mental, esfregar suavemente a seiva ou o óleo das plantas
arianas( que regem a cabeça); para curar os pulmões, cheirar ou tomar óleo
ou chá de eucalipto, e assim por diante, sempre se respeitando certos
cuidados, é óbvio.
SIGNO PERFUME
ÁRIES MIRRA, CARVALHO ou ZIMBRO(óleos)
TOURO MARGARIDA, COSTO(erva aromática)
GÊMEOS ALMÉCEGA e ESPECIARIAS
CÂNCER EUCALIPTO ou CÂNFORA
LEÃO BENJOIM ou OLÍBANO
VIRGEM CANELA ou SÂNDALO BRANCO
LIBRA GÁLBANO, ROSA ou MURTA
ESCORPIÃO HORTÊNSIA ou CORAL
SAGITÁRIO ALOÉS ou HELIOTROPO
CAPRICÓRNIO PINHO (extrato)
AQUÁRIO NARDO
PEIXES TOMILHO ou DAMA−DA−NOITE
As Defumações
Para os gnósticos, a queima num braseiro, ou turíbulo, de perfumes,
óleos essenciais, raízes e folhas secas, cascas e resinas cristalizadas, vai
além da sensação prazerosa de nosso sentido olfativo. Há uma influência
direta e profunda em nossos ritmos nervoso, respiratório e cardíaco,
provocando então uma incrementação no processo curativo. Porém, vai−se
mais além ainda: O Mago sabe que o poder energético da fumaça que se
desprende das ervas e produtos queimados possui a capacidade de
influenciar nossos corpos internos. Na verdade, é a própria presença e poder
do Elemental que se verifica naquela fumaça que envolve o paciente ou o
ambiente. O elemental ligado ao produto queimado pode provocar uma série
de fenômenos: acelerar o movimento dos chacras, redirecionar as forças
vitais do organismo(equilibrando as energias que estão em excesso e as que
estão em falta), dissolver formas−pensamento(chamadas pela psicologia de
Fixações Mentais), anular fluidos magnéticos, denominados popularmente de
mau−olhado, encosto etc.; e, além de tudo, destruir os chamados
Elementares.
Larvas Astrais e Mentais
Essas entidades do mental e do astral inferiores se alimentam de
nossos pensamentos e desejos negativos e destrutivos. Normalmente são
gerados em locais onde há uma Egrégora, ou seja, um ambiente que
congrega pessoas que têm um pensamento, sentimento ou atitude
característicos, como bares, bordéis, prostíbulos etc. Os elementares,
também conhecidos como Elementários ou Larvas Astrais, podem ser
gerados em nossos lares ou ambientes de trabalho quando se gera um hábito
ou pensamento negativo. Eis alguns tipos de larvas astrais:
− Dragões: formas−pensamento criadas em prostíbulos, bordéis,
boates e congêneres.
− Íncubos e Súcubos: nascidos de fantasias sexuais, sonhos eróticos
e masturbações contínuas. Os íncubos acompanham as mulheres e os
súcubos permanecem na atmosfera áurica dos homens.
− Fantasmatas: átomos putrefatos desprendidos de cadáveres.
Fixam−se nas pessoas emocionalmente receptivas que visitam cemitérios
e/ou que ficam pensando em pessoas falecidas.
− Leos e Áspis: Nascem de atitudes ligadas ao orgulho e ira
exacerbados, em reuniões de partidos políticos, desfiles militares e
discussões que não levam a nada.
− Mantícoras e Basiliscos: gerados em atos sexuais anti−naturais.
Há muitos outros, como os Vermes da Lua, Caballis e Vampiros, que
se alimentam de sangue (locais onde houver mênstruo, matadouros,
depósitos de lixo hospitalar etc.), comida apodrecida, casas sujas etc…
Muitas dessas Larvas podem ser destruídas com as defumações,
aliadas a trabalhos mágicos, com orações e rituais de limpeza. Existem
alguns elementos de comprovada eficácia, como aloés, mirra, cânfora,
assafétida, pau d’alho, arruda, alecrim, benjoim, a casca de alho, enxofre(em
pequena quantidade) e zimbro. Tais produtos, repito, se queimados num
turíbulo, ou qualquer receptáculo com carvão em brasas, irradiam junto com a
fumaça desprendida múltiplos elementos purificadores da aura.
Existem por outro lado ervas que conseguem produzir um clima
emocional superior, sutil, atraindo a atenção e presença de elementais e
anjos. Temos, p.ex., óleo de rosas, heliotrópio, nardo, murta, além do mais
famoso de todos, o olíbano, popularmente conhecido como incenso de igreja.
Aceita−se no esoterismo e nas práticas mágicas que a fumaça do
olíbano tem a propriedade de criar um ambiente propício para a comunhão
religiosa, devocional. Os elementais solares do incenso produzem uma
vibração capaz de criar um estado receptivo para a captação das mensagens
inspirativas e intuitivas que vêm das dimensões superiores.
Prática:
Vá a um parque e escolha uma árvore frondosa e cheia de vida que tenha
atraído sua atenção. Peça permissão ao elemental dessa árvore e coloque
suas mãos em seu tronco. Feche os olhos e sinta a energia que sai dessa
árvore. Se possível, vocalize o mantra AOM e dê Amor a esse ser. Peça−lhe
que encha seu corpo e sua Alma com a energia que sai dele. Peça−lhe um
sinal de seu amor para você. Se possível, volte para casa e entre em
meditação, aproveitando a força recebida. em outras ocasiões, dirija a energia
desse elemental para a cura e harmonia de alguém que necessite. Observe o
que se passa com essa pessoa.
6 − O PODER DOS MANTRAS
É reconhecido por todos que a palavra falada possui um poder
relativamente profundo na mente das pessoas, tanto positiva quanto
negativamente. Quando algum enfermo escuta palavras de ânimo, de alento,
parece que uma nova força toma conta de sua alma, dando−lhe mais
otimismo e segurança num iminente restabelecimento. Quando alguém se
deprime por diversos problemas em sua vida, alegra−se ao ouvir um cântico
religioso, permitindo−se a uma interiorização e contemplação de seu “mundo
interior”, para uma maior comunhão com Deus, a fonte essencial da cura.
Por isso, o aspirante à Magia trata com muito cuidado e zelo tudo
aquilo que entra em seus ouvidos e principalmente o que sai de sua boca. Se
o estampido de um canhão consegue produzir um grande estrondo em seu
redor, palavras mal pronunciadas em momento inadequado conseguem criar
situações às vezes muito desagradáveis, não só aos ouvintes, mas na
maioria das vezes a quem a pronunciou.
No entanto, o poder da palavra falada, chamada de Mantraterapia (ou
Verboterapia), não se restringe a uma disciplina verbal, no sentido socrático
da idéia, ou seja, simplesmente utilizar com precisão e ordem os conceitos
intelectuais que se quer transmitir. A Mantraterapia vai mais além, ao
defender que por trás da pronúncia de um som se encontra um poder, uma
energia, uma força espiritual, capaz de operar magicamente, não só no
operador, mas no ambiente ao seu redor.
Ao estudarmos algumas passagens de livros religiosos, vemos como
o uso dos mantras sempre foi considerado de seriíssima importância.
Encontrando−se num templo de Mistérios egípcio, o sábio grego Sólon
perguntou a um dos mestres ali presentes sobre as possíveis causas do
afundamento da Atlântida; esse Mestre afirmou com ênfase que não se podia
falar inconseqüentemente sobre desgraças daquela natureza, principalmente
num ambiente carregado de energias de altíssima força espiritual, pois se
poderia atrair as mesmas circunstâncias. Essa resposta foi suficiente para
calar o filósofo grego.
Vemos também um caso espantoso, como é o da destruição de Jericó
por Josué e seus sacerdotes e guerreiros, os quais rodearam as muralhas
dessa cidade por vários dias e logo após entoaram cânticos, gritaram e
tocaram seus instrumentos, o que fez com que Jericó fosse totalmente
destruída pelos fogos subterrâneos. Também vemos o grande Mestre Jesus,
o Cristo, realizando múltiplos milagres com a simples pronúncia de uma
tantas palavras, muitas delas ininteligíveis aos ouvidos dos não−iniciados.
A Bíblia nos diz claramente, segundo João Batista, que no princípio
era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… E o profeta
Moisés, em sua Gênese, explica que Deus, Elohim, criou todas as coisas com
o uso de Sua Palavra. “Faça−se “, e o caos se transformou nas diversas
ordens de Cosmos, de acordo com a Música das Esferas, cantada pelos
Construtores(Elohim é uma palavra plural, indicando que foram os Deuses
que criaram o mundo).
Por isso vemos porque a palavra sempre foi muito bem empregada,
sempre foi reconhecida como fundamental para o crescimento e
desenvolvimento de nossos poderes internos, de nossa saúde mental e física,
além de nosso nível de Consciência.
Os magos afirmavam que os sons que emitimos obedecem à Lei
cósmica do Retorno, ou seja, à lei da Causa e Efeito, ou Karma. Toda ação
gera uma reação proporcional e em sentido contrário, em três níveis: físico,
mental e conscientivo.
As origens de muitos mantras, nomes sagrados, termos cabalísticos
etc., remontam a épocas arcaicas. Muitos ocultistas afirmam que os mantras
não passam de resquícios de uma Língua de Ouro, perdida quase que
totalmente na atualidade, somente falada por Deuses e Anjos. Para o profeta
Enoch, esses gigantes eram Seres fantásticos que guiaram nossa evolução
em épocas imemoriais, entregando−nos seus alfabetos sagrados e mantras
de ouro.
Alguns desses mantras permaneceram até os dias de hoje, graças às
Escolas de Mistérios que conseguiram resguardar alguma coisa dessa língua
mágica falada pelos Ancestrais, na forma de nomes divinos, palavras
misteriosas e sem significado aparente: ADONAI, YAH, YOM, EHEIEH, ISIS,
ALLAH, IAO, AOM, KWAN − YIN, INRI etc…
Diz Eliphas Lévi sobre o poder do Verbo: “Toda Magia está numa
palavra, e esta palavra, pronuniciada cabalisticamente, é mais forte que todos
os poderes do céu e do inferno. Com o nome IOD−HE−VAU−HE
comandamos a natureza; os reinos são consquistados em nome de ADONAI
e as forças ocultas que compõem o nome de HERMES são todas obedientes
àquele que sabe pronunciar o nome incomunicável de AGLA. Por isso, os
sábios de todos os séculos temeram diante dessa Palavra absoluta e terrível”.
Os mantras foram usados para diversos fins: curativos, mágicos,
ritualísticos, conscientivos, espirituais. Para os descrentes, a pronúncia
contínua e concentrada de certos mantras induz a uma auto−sugestão, a um
auto−engano. Na verdade, devido ao desconhecimento da Anatomia Oculta
do Homem(como já dissemos anteriormente), somente os Iniciados percebem
os efeitos das palavras mantralizadas, que vibram primeiramente em nossa
Alma, ressoando nos chacras, nos canais energéticos (Meridianos) e sobre os
estados de Consciência.
Por isso, esses mesmos Iniciados, principalmente hindus e maias,
enfatizam a idéia de que nosso corpo e nossa alma são a resultante de um
Alfabeto Cósmico e cada fonema vibra em determinadas regiões de nosso
organismo, atuando terapêutica e magicamente sobre o próprio
mantralizador. Ou seja, somos um instrumento musical que deve vibrar com
as mais deliciosas melodias cósmicas.
Vejamos alguns exemplos práticos, entregues pelo VM Samael Aun
Weor em seus diversos tratados, que complementam nosso curso de Magia
Elemental:
Mantra Finalidade
AOM Cristaliza o que se desejou, é o
nosso Amén.
Conjunto poderoso de mantras
para se atrair
AOM−TAT−SAT − TAM − PAM − PAZ a força curativa do Sol. São os
mantras do
Arcanjo Michael.
Abre a atomosfera astral para a
manifestação
HAGIOS dos Mestres, possibilitando maior
contato com
eles.
ANTIA − DAUNA − SASTASA Poderoso mantra de invocação dos
Mestres
Ascensionados. Deve ser cantado.
OM…HUM… Melhora nossa meditação e
interiorização.
JEÚ… Amplia nossa atenção e
auto−observação.
RAOM − GAOM Ajuda−nos a recordarmos nossos
sonhos.
MORFEU Controlamos nossas Viagens
Oníricas.
GU − RU… Cura o fígado.
HELION − MELION – TETRAGRAMATON Fecha nossa Aura. Para Defesa
Psíquica.
BHUR Cura nosso Baço.
M… Fortalece e cura a próstata ou o
útero.
KRIM… Cura o estômago, congestões,
úlceras etc…
EGIPTO… Cura o fígado e auxilia nas
viagens astrais.
EFTAH… Cura as cordas vocais e tiróide.
OMNIS − HAUM − INTIMO… Atrai as forças superiores do Pai
Interno (nosso Espírito).
OM − MANI − PADME − HUM… Outro mantra de nosso Íntimo.
IN…EN… Atraem as forças curativas do
Espírito Santo.
JAORI Sagrado mantra da Ave de
Minerva, que
realiza qualquer meta desejada.
Direciona
nossos fogos interiores para a
realização do pedido.
I… Direciona a energia vital para o
cérebro.
E… Dirige a energia para a garganta.
O… Cura e fortalece o coração.
U… Fortalece as funções digestivas.
A… Cura os pulmões e limpa o
sangue
S… M… HAN… Cura do corpo mental
ONOS AGNES Dor de dentes
OMNIS − BAUN − IGNEOS Médicos Maias
MANGÜELE – MANGÜELA Raio positivo da Lua, Raio Asteca
SENOSSAN − GORORA − GOBER − DON Mantra mágico de um Deus dos
Oceanos
ADONAI Mantra lunar curativo
ABRAXAS Cura pelos Seres do Fogo
Mantras de transmutação
Existem alguns mantras poderosos de transmutação alquímica.
Transformam nossas energias sexuais, emocionais e mentais em elementos
energéticos e espirituais, além de curativos. Essas energias transmutadas se
espalham maravilhosamente pelo organismo através de seu principal
conduto, a coluna vertebral.
Enquanto vocalizamos um dos mantras dados em seguida, podemos
visualizar essa energia transmutada em fogo regenerador subindo pela
espinha dorsal até a cabeça, e daí até o coração, espalhando−se por todo o
corpo. Vejamos:
INRI…ENRE…ONRO…UNRU…ANRA… (seqüência de mantras que
desperta os
principais chacras)
ARIO (mantra da constelação de
Aquário)
IAO… (nome gnóstico de Deus;
equilibra e
direciona)
TORN… (mantra transmutador de
Escorpião)
SSS… (transmuta, purifica e
protege a Aura)
KRIM… (acumula a energia
transmutada no plexo
solar).
Mantras das Igrejas Elementais
PEMA Raio dos Elementais das
Mangueiras
OMA Eucaliptos
AFIRAS Figueira
BHAGWAN Cânhamo
MMM Aloés
LIBIB − LENONINAS − LENONON Pita
TISSANDO Jacarandá Mimoso
AN Pinheiro
KAM Saia Branca, Floripôndio
SSS Cana de Bambu
KA Aboboreira
INVIA Olho de Boi, Olho de
Cabra
ALUMINO Olíbano, Incenso de Igreja
INRI Nogueira
URU Pata de Vaca
PANDERA Palmeira Real
A − KUMO Laranjeira
EGO − O − A − VAGO Romãzeira
EBNICO − ABNICAR− ON Macieira
PADORIA Cajueiro
PARILHA Sassafrás
MOUD − MUUD − HAMMACA Acácia
KEM − LEM Zimbro
RAOM−GAOM Hortelã
Prática:
Se possível, escolha o galho ou de preferência a fruta de um dos vegetais
acima citados, de preferência a romã. Coloque em sua mão direita essa fruta
e vocalize por alguns minutos o mantra correspondente ao Raio Elemental a
ser trabalhado. Em seguida, entre em meditação, pedindo a seu Pai Interno
que leve você à “Igreja” onde vivem os elementais dessa planta(como a do
romãzeiro, por exemplo). Tenha certeza que suas sinceras preces serão
ouvidas, agora ou nos dias vindouros. Paralelamente a esse Ritual, vocalize
um dos mantras de Transmutação(como o ARIO).
7 − OS 7 RAIOS DAS PLANTAS
Como já dissemos anteriormente, a Magia Elemental, ou
ELEMENTOTERAPIA, é a antiqüíssima ciência que versa acerca dos
Elementais e a manipulação de seus poderes ocultos e mágicos. Os antigos
índios americanos, os alquimistas medievais, os taoistas e xintoistas orientais
e os cabalistas árabes(Ordem Súfi dos Zuhrawardi) e hebreus não
desconheciam esta Magna Ciência. O grande Mestre Paracelso sistematizou
e classificou os elementais de uma forma extremamente didática e sintética,
de acordo com a sagrada Lei Cósmica do Sete(Heptaparaparshinokh).
O sistema médico e mágico de Paracelso é baseado nas forças
astrais que regem toda a natureza, representadas pelos sete planetas
sagrados: LUA, MERCÚRIO, VÊNUS, SOL, MARTE, JÚPITER e SATURNO.
Tais vibrações setenárias refletem−se em nosso Sistema Solar de diversas
maneiras(cores do arco−íris, dias da semana, sub−níveis das camadas
eletrônicas, notas musicais, sentidos paranormais, anatomia oculta do homem
etc…). Vê−se isto na fisiologia e anatomia dos seres vegetais e animais e
também nas configurações química e cromática, no reino mineral.
De acordo com as classificacões de Paracelso, pode−se distribuir os
diversos seres elementais de acordo com os 12 signos zodiacais e também
de acordo com os planetas astrológicos. Existem também outras
classificações, como as da árvore sefirótica e suas múltiplas dimensões ou
planos.
Neste capítulo, entregaremos uma Tabela dos minerais, metais,
vegetais e animais, ligados a um dos sete Raios Planetários. Isso é útil
quando o mago−praticante necessita produzir resultados específicos, como
no aspecto curativo, mental, sexual, mágico, da defesa e limpeza psíquicas
etc.
Raio Lunar
Características lunares: elementais aquáticos(ondinas e nereidas); pode−se
trabalhar com viagens, artes manuais, respeitar a Ordem da natureza,
romancistas, negócios de líquidos, enfermidades do estômago, cérebro e
pulmões, maternidade e parto, educação de crianças com até 7 anos de
idade, inconstâncias, agricultura, iniciação, preparação mágica de ambientes
e pessoas para trabalhos espirituais.
Seres lunares: plantas aquáticas em geral, eucalipto, oliveira(azeite,
azeitonas), dama da noite, saia branca(Datura arborea− floripôndio),
estramônio(Datura stramonium L.),feto macho e samambaias em geral,
cânfora(Laurus Camphora L.), caqui, abacateiro, acelga, alface, agrião,
aranto(Vaccinium myrtillus L.), guaco, aipo, berinjela,erva mate, aspargos,
bálsamo, beldroega, bananeira, fuscia, urtiga do bom pastor, betônica,
venturosa; (minerais) amônia, prata, platina; (animais) peixes em geral, siris,
caranguejos, sapos e rãs, tartarugas, marsupiais em geral etc.; cores: branco,
prateado e azul celeste.
Raio Mercuriano
Características mercurianas: são silfos do ar, possuem influência dupla,
solar−mercuriana; magia mental, comunicação, amizade, jornalismo,
divulgação, intelecto, cura mental, viagens, viagem astral, mente e
personalidade de crianças entre 7 e 14 anos etc.
Seres mercurianos: (plantas) canela, avelã, guaraná, aniz estrela, tabaco,
coca, aniz, cânhamo; (animais) esquilo, cavalo; (metais) mercúrio etc.; cores:
amarelo e laranja.
Raio Venusiano
Características venusianas: são silfos do ar, são duplamente influenciados,
por Vênus−Lua; magia do amor e magia sexual; raio rosa, amor, artes,
romances e namoro, ímpeto sexual e fertilidade, artes plásticas, perfumes,
poesia, artes dramáticas, sexualidade feminina, adolescência(entre 14 e 21
anos), matrimônio, música etc.
Seres venusianos: (plantas) rosa, passiflora, verbena, margarida,
maria−sem−vergonha, cravo, violeta, uva, trigo, groselha, morango, amora,
goiaba, murta; (animais) abelhas, pombos, coelhos, cisnes; (minerais) cobre,
quartzo rosa etc.; cores: azul e rosa.
Raio Solar
Características solares: silfos do ar; raios azul e dourado, teologia, rituais,
antigas sabedorias, magia das estrelas, contato com altos dignatários e
hierarquias, posição social, dignidade, fé e humildade, saúde em geral etc.
Seres solares: (plantas) girassol, abacaxi, ameixeira, damiana, mangueira,
marcela, alface, olíbano(incenso), mulungu(Erictrina mulungu L.), mostarda,
milho, benjoim, pfaffia paniculata, louro, camomila, estoraque, dente de leão,
lírio, grama, maracujá; (animais) leão, galo, beija−flor, pavão real, águias e
falcões; (minerais) ouro, cristal, diamante, pirita etc.; cores: azul e dourado.
Raio Marciano
Características marcianas: salamandras ígneas; raios púrpura e vermelho,
assuntos com a polícia e militares, discussões, desentendimentos e pelejas,
cirurgia(sangue), força, limpeza astral, anemia, paz, ímpeto e início de
empreitadas etc.
Seres marciais: (plantas) espada−de−São−Jorge, manjericão, alecrim, arruda,
pimenteiras, acácia, assafétida, artemísia, aroeira, alho, boldo, carqueja,
cáscara sagrada, carvalho, mogno, figueira, absinto(losna), nogueira,
salsaparrilha, olmo, sarça, zimbro(Juniperus communis L.), tanchagem,
tomateiro, cardo−santo, Jacarandá Mimoso(Gualandai), cana de açúcar, cana
de bambu, limoeiro, urtiga, mamona, cavalinha, pau− d’alho, paineira;
(animais) lobo, carneiro, gato; (metais) ferro e ímã−ferroso, hematita etc.
Raio Jupiteriano
Características jupiterianas: silfos do ar, também com características
saturnianas; raios safira, púrpura e azul marinho; assuntos ligados a dinheiro,
lucratividades, contatos com altos dignatários e juízes, vitória em tribunais,
eloqüência, autoridades eclesiásticas etc.; Seres jupiterianos: (plantas) todas
os vegetais semelhantes a coroa, tais como a pita(Agave americana
marginata), babosa(Aloes vera L.), aloés(Aloes socotrina L.),
heliotropo(Viburnum prunifolium L.); (minerais) estanho, safira etc.
Raio Saturniano
Características saturnianas: gnomos da terra; cores branca, preta e cinza;
assuntos ligados a questões de terra, ecologia, agronomia, doenças de pele,
minas, terremotos, depressões, desejos de suicídio, karmas a serem
resgatados, trabalho e desemprego etc.; Seres saturnianos: (plantas) melissa,
hortelã−menta, pinheiros, cipreste, quaresmeira, salgueiro−chorão (Salix alba
L.), bardana, inhame, cenouras, batatas e outros tubérculos, ipê, laranjeira,
romãzeira, jabuticabeira; (animais) urubus, abutres, tatus e toupeiras, hienas,
aranhas, minhocas, borboletas e mariposas; (minerais) ônix, chumbo, urânio
e outros radiativos, ágata, magnetita, rochas vulcânicas etc.
Ens Espirituale
O Mestre Paracelso intitula de Ens Espirituale(Entidade Espiritual) a
todos os seres que vivem e são a causa de manifestação dos elementos da
natureza, ou seja, os Elementais. Para este grande Mestre Curador, existem
muitas formas de manipulação desses Tattwas, tanto para o bem quanto para
o prejuízo humano. Elementais de certas plantas, p.ex., para chamar chuvas
tão fortes que podem causar inundações, outros podem incendiar casas
inteiras; outros, causar loucura coletiva. O mestre Zanoni, certa vez afirmou a
um de seus discípulos que nos tempos da Caldéia(já que ele era um mago do
Raio caldeu) se manipulavam secretamente os poderes ocultos de certas
plantas, muitas delas minúsculas, capazes de atrair pestes e outras
desgraças para as populações de cidades inteiras, como ele mesmo já
presenciara num passado remoto. E o mestre Samael Aun Weor comenta
casos fantásticos gerados pelos índios sulamericanos, que batizam os
elementais com o nome de Animus. Qual é o princípio dessa manipulação?
Inicialmente, é necessário se conhecer o Raio ao qual a planta pertence, se
seu elemental é uma salamandra, um silfo etc. A partir disso, podem−se criar
diversas experiências com tais seres, até se adquirir completo domínio sobre
si mesmo e sobre eles.
Dois exemplos impressionantes da manipulação dos Animus são os
dos profetas Moisés e Maomé(fundador do Islamismo). Moisés, por meio de
seu imenso poder da Vontade Consciente, fez aparecerem as pragas no
Egito, como a dos gafanhotos, a vermelhidão do rio Nilo e o aparecimento de
chagas no corpo de toda a população egípcia, entre outros fenômenos
mágicos. Já o profeta Maomé conseguia vencer batalhas, onde seus
exércitos estavam em absoluta desvantagem: Conta−se que numa delas, o
profeta segurou um punhado de terra e o jogou para o alto e dos céus
desceram chuvas de fogo que destruíram totalmente os soldados inimigos.
Plantas Zodiacais
O poder e a influência do Cosmos também influenciam a configuração
astral dos seres na Terra. Existem, p.ex., no reino vegetal, plantas e árvores
arianas, outras taurinas, outras tantas são influenciadas por Escorpião, e
assim por diante.
Essa influência se nota na morfologia dos vegetais e, acredite se
quiser, nas partes do corpo correspondentes à influência zodiacal.
Por receber a influência astral de Áries, a nogueira possui
características particulares. Se prestarmos atenção, as nozes lembram a
forma de um cérebro; por isso se aceita, tradicionalmente, que nozes moídas
e misturadas com mel são ótimas para a regeneração dos neurônios.
A berinjela, influenciada pela Lua, por lembrar uma parte de nosso
estômago, se bem preparada como alimento(especialmente no forno), auxilia
comprovadamente nas afecções e úlceras gástricas.
O chá de “barba de milho” é fortalecedor das funções renais. Por que?
Pela semelhança dos filamentos do interior dos rins, que nos lembram a
barba de milho.
O pepino nos lembra um órgão sexual masculino. Recentemente,
cientistas chineses descobriram uma proteína que inibe naturalmente a
gravidez e o excesso de ímpeto sexual.
Esse Princípio das Similitudes, apregoado por Paracelso, está sendo
levado em grande consideração pela ciência contemporânea. Do ponto de
vista esotérico, sabe−se que as formas, cores, características e propriedades
dos objetos, vegetais, órgãos e vísceras etc., são criados pelos Anjos das
Formas. São eles, os Construtores da Natureza, que utilizam determinadas
energias e forças astrais, mentais etc., para arquitetarem todos os corpos
materiais, dos mais simples aos mais complexos e grandiosos. Tudo isso,
baseados num Plano Divino maravilhoso.
Por haver infinitas manifestações, infinitas formas animais, vegetais e
minerais, teríamos que ser verdadeiros Deuses encarnados, com uma
memória no mínimo fantástica. O mais recomendado para nos aprofundarmos
nesses estudos de Elementoterapia é buscarmos a Síntese do Conhecimento
Espiritual. Os ensinamentos gnósticos são a essência, o ponto supremo de
toda a Ciência, Arte, Filosofia e Mística de todos os tempos. Sobre essa base
sólida, perene e eterna, podemos compilar objetivamente um maravilhoso
índice de biologia elementoterápica.
II − RELATOS INTERESSANTES
1 − Helena Blavatsky (por H.S.Olcott. Experiências
com um Gnomo)
“Um dia, achando que os guardanapos brilhavam em sua casa
sobretudo pela ausência, comprei alguns e levei−os num embrulho até sua
casa. Nós os cortamos, e ela(Helena) já queria pô−los em uso sem
debruá−los, mas, diante de meus protestos, pegou alegremente uma agulha.
Mal havia começado, bateu irritadamente com o pé sob a mesinha de costura,
dizendo:”Saia daí, seu palerma!” O que está havendo?, perguntei. “Oh, nada,
é apenas um bichinho elemental que está me puxando pelo vestido, a fim de
que eu lhe dê algo para fazer.” Mas que sorte, eu lhe disse, então estamos
bem arranjados; peça−lhe que faça a bainha dos guardanapos. Para quê se
amolar, se você não tem mesmo jeito para isso? Ela riu e me censurou, para
me punir por minha desonestidade, mas ela não quis lhe dar esse prazer ao
pobre e pequenino escravo sob a mesa, que só queria mostrar sua boa
vontade. Mas acabei convencendo−a. Ela me disse para recolher os
guardanapos, as agulhas e a linha a um armário envidraçado que tinha
cortinas verdes e se achava do outro lado do quarto. Voltei−me a sentar perto
dela, e a conversa retomou o tema único e inesgotável que enchia os nossos
pensamentos − a ciência oculta. Quinze ou vinte minutos depois, ouvi um
ruído parecido com gritinhos de camundongos debaixo da mesa, e HPB me
disse que ‘essa coisinha horrorosa’ terminara o seu serviço. Abri a porta do
armário e encontrei a dúzia de guardanapos debruada, e tão mal, que uma
simples aprendiz de costureira não teria feito pior. Mas as bainhas estavam
realmente feitas, e isso se passara no interior de um armário fechado a
chave, do qual HPB não se aproximara um só instante. Eram quatro horas da
tarde, e o dia ainda estava claro. Estávamos sozinhos no quarto, e ninguém
entrou ali enquanto tudo aquilo se passava.”
2 − Carlos Castaneda(O Elemental do Peiote)
“Ao pé de um dos rochedos, vi um homem sentado no chão, o rosto
virado quase de perfil. Aproximei−me dele até estar a uns três metros de
distância; ele virou a cabeça e olhou para mim. Parei… seus olhos eram a
água que eu acabava de ver! Tinham o mesmo volume enorme, o brilho de
ouro e negro. A cabeça dele era pontuda como um morango; sua pele era
verde, cheia de muitas verrugas. A não ser a forma pontuda, a cabeça dele
era exatamente igual à superfície da planta de peiote. Fiquei defronte dele,
olhando; não conseguia afastar os olhos dele. Senti que ele estava
propositadamente empurrando meu peito com o peso de seus olhos. Eu
estava sufocando. Perdi o equilíbrio e caí no chão. Desviou o olhar. Ouvi que
falava comigo. A princípio, a voz dele era como o farfalhar de uma brisa
suave. Depois a ouvi como uma música suave− uma melodia de vozes− e
‘sabia’que estava dizendo:’O que quer?’
Ajoelhei−me diante dele e falei sobre a minha vida e depois chorei.
Tornou a olhar para mim. Senti que seus olhos me puxavam e pensei que
aquele momento seria o momento da minha morte. Fez−me sinal para me
aproximar. Vacilei por um momento antes de me adiantar um passo. Quando
me aproximei, desviou os olhos de mim e mostrou−me as costas da mão. A
melodia dizia:’Olhe!’ Havia um furo redondo no meio da mão dele. ’Olhe’,
tornou a dizer a melodia. Olhei através do buraco e vi minha própria
imagem…
Mescalito voltou novamente seus olhos para mim. Estavam tão perto
de mim que eu os ‘ouvi’ ribombar baixinho com aquele ruído especial que eu
já ouvira tantas vezes naquela noite. Foram−se aquietando aos poucos, até
se tornarem como uma lagoa tranqüila, arrepiada por brilhos dourados e
negros.
Desviou o olhar de novo e saltou como um grilo por uns 50 metros.
Pulou várias vezes e depois desapareceu.”
3 − Samael Aun Weor − SAW (O Elemental do Gato
− Desfazendo Mistérios)
“Vamos agora conversar um pouco sobre os ‘Naguais’, assunto que
pertence às velhas tradições do povo mexicano. Chegam−me à memória
múltiplos e extraordinários casos que merecem ser estudados. Oaxaca
sempre foi um povo de místicas lendas, as quais os esoteristas deveriam
conhecer. Uma criança, quando nasce, naquela região, é devidamente
relacionada com os famosos naguais. Seja de noite ou de dia, os familiares
farão um círculo com cinzas ao redor da casa. Disseram−nos que de manhã
eles observam as pegadas que os animais do lugar deixaram nas cinzas. Se
os rastros correspondem, p.ex., a uma raposa montanhesa, ela será o nagual
da criança. Se forem de qualquer outro animal da redondeza, será este o
nagual, o Elemental, do recém−nascido.
Passemos agora para os naguais vegetais. Desde os antigos tempos
enterra−se o umbigo do recém−nascido junto com o rebento de uma árvore
qualquer. Obviamente, a árvore fica relacionada com a criança, crescendo
ambas simultaneamente através do tempo. Saibam todos que o elemental da
árvore pode ajudar à criatura com ele relacionada, em inúmeros aspectos da
vida… Vejam vocês que em Oaxaca essas tradições milenares não se
perderam. Muitos nativos estão devidamente protegidos pelos elementais,
aos quais foram vinculados no nascimento.
Os Naguais são elementais ideais quando os amamos realmente. Um
nagual extraordinário, sem sombra de dúvida, é o gato preto. Descreverei em
seguida um experimento que fiz com esse animal:
Tínhamos em casa um pequeno gato preto. Propus−me a ganhar seu
carinho e o consegui. Certa noite, resolvi fazer uma experiência metafísica
transcendental. Deitado na cama, coloquei o inocente animal ao meu lado.
Relaxei o corpo de maneira certa e concentrei−me profundamente no felino,
rogando−lhe para que me tirasse do corpo físico. A concentração foi longa e
profunda e durou, possivelmente, uma hora, quando adormeci por algum
tempo. De repente, uma extraordinária surpresa! Aquela criatura aumentou de
tamanho e transformou−se num gigante de enormes proporções, deitado à
margem da cama. Toquei−o com a mão direita e pareceu−me de aço. Seu
rosto era negro como a noite e seu corpo irradiava eletricidade. O corpo tinha
a mesma cor negra, mas abandonara a forma animalesca, assumindo
compleição humana, com excessão do rosto que, ainda gigantesco,
continuava sendo de gato. Foi uma coisa incrível, pela qual eu não esperava.
Fiquei muito espantado a ponto de o afugentar com a Conjuração dos Sete do
sábio rei Salomão. Voltando ao meu estado normal notei, com surpresa, que
aquela inocente criatura estava junto a mim outra vez em forma de gatinho.
No outro dia, andei muito preocupado pelas ruas da cidade. Achava
que já tinha eliminado o medo de minha natureza e eis que o nagual me
pregara um tremendo susto. Entretanto, eu não queria perder aquela batalha.
Aguardei a noite seguinte para repetir o experimento. Coloquei novamente em
minha cama o gatinho , à direita, como o fizera na noite anterior. Relaxei o
corpo físico, não deixando nenhum músculo sob tensão. Depois,
concentrei−me profundamente no felino, guardando no fundo do coração a
intenção de não me assustar outra vez. Soldado em estado de alerta não
morre em tempo de guerra e eu já estava obviamente informado sobre o que
previamente aconteceria. Portanto, o temor tinha sido eliminado de meu
Interior.
Transcorrido aproximadamente uma hora, em profunda concentração,
repetiu−se exatamente o mesmo fenômeno da noite anterior. O elemental do
gatinho saiu do corpo para adquirir a gigantesca e terrível figura humana.
Deitado em meu leito, olhei−o. Era verdadeiramente espantoso. Seu
enorme corpo não cabia na cama. Suas pernas e pés sobravam em meu
humilde leito. O que mais me assombrou foi que o elemental, ao abandonar
seu corpo denso, pudesse materializar−se fisicamente, fazer−se visível e
tangível aos meus sentidos, pois podia tocá−lo com minhas mãos físicas e
seu corpo parecia de ferro. Podia vê−lo com meus olhos físicos. Sua face era
espantosa. Dessa vez não tive medo. Propus−me a exercer completo controle
sobre mim mesmo e o consegui. Falando com voz pausada e firme, exigi que
o elemental me tirasse do corpo físico, dizendo: Gatinho, levanta−te desta
cama. Imediatamente aquele gigante pôs−se de pé. Continuei, então,
ordenando: Tira−me do corpo físico e passa−me para o astral. Aquele
extraordinário gigante respondeu−me com as seguintes palavras: Dá−me tuas
mãos. Claro que levantei minhas mãos e o elemental aproveitou para
pegá−las e me tirar do corpo físico. Aquele estranho ser era dotado de uma
força incrível, mas irradiava amor e queria servir−me. Assim são os
elementais… De pé, no astral, tendo junto ao leito o misterioso ser por
companheiro, tomei novamente a palavra para ordenar−lhe: Leva−me agora
ao centro da Cidade do México.
Siga−me, foi a resposta daquele colosso, que saiu de casa
caminhando lentamente. Eu o acompanhei passo a passo. Andamos por
diversos lugares da cidade, antes de chegarmos a San Juan de Letrán,
quando por ali nos detivemos por um momento. Era meia noite e eu ansiava
dar um final feliz àquela experiência. Vi um grupo de cavalheiros conversando
numa esquina. Eles estavam no plano físico, portanto não me percebiam.
Então, pensei em tornar−me visível diante deles. Dirigi−me ao gigante nagual
e com voz suave, porém imperativa, dei−lhe nova ordem: passa−me agora ao
mundo de três dimensões, o mundo físico.
O nagual pôs suas mãos sobre meus ombros, exercendo sobre eles
certa pressão. Senti que abandonava o astral e penetrava no físico. Fiquei
visível diante daquele grupo de cavalheiros, no lugar em que se encontravam.
Aproximando−me deles, perguntei: Senhores, que horas são? Passam trinta
minutos da meia noite, respondeu um deles. Muito obrigado! Quero dizer−lhes
que vim agora das regiões invisíveis e que resolvi me tornar visível diante de
vocês. Palavras estranhas, não é verdade? Aqueles homens olharam−me
surpresos. Em seguida, disse−lhes: Até logo, senhores; retorno de novo ao
mundo invisível. Roguei ao elemental que me colocasse outra vez nas
regiões suprassensíveis e imediatamente o elemental obedeceu.
Ainda pude ver o assombro daquelas pessoas que tomadas de pavor
afastaram−se apressadamente do local onde se encontravam. Novas ordens
dadas ao elemetnal foram suficientes para que ele me trouxesse de regresso
à minha casa. Ao penetrarmos no quarto, vi o misterioso ser perder seu
descomunal tamanho e ingressar no pequeno corpo do felino que jazia no
leito, precisamente pela glândula pineal, a qual situa−se na parte superior do
cérebro. Fiz o mesmo. Pus meus pés astrais sobre a glândula citada e
imediatamente senti−me no interior do corpo físico, que já despertava na
cama.
Olhei o gatinho, fiz−lhe algumas carícias e agradeci, dizendo−lhe:
Obrigado pelo serviço prestado. Tu e eu somos amigos.
A partir daquele momento, constatei como esses felinos podem
tornar−se veículos ideais para todos os aspirantes à vida superior. Com esse
tipo de nagual, qualquer ocultista pode aprender a sair em astral, consciente e
positivamente. Importa não ter medo, ser valoroso. Salientamos que para
experimentos dessa natureza são requeridos gatos pretos. Muitos ignorantes
ilustrados podem achar graça dessas declarações esotéricas, porém isso
pouco importa. Estamos falando para pessoas espiritualmente inquietas, que
anseiam o despertar da Consciência.”
4 – SAW (Elementais das Aves− O Mistério do
Áureo Florescer)
“Repassando velhas cenas de minha longa existência, com a
tenacidade de um clérigo na cela, surge Eliphas Levi. Numa noite qualquer,
fora da forma densa, invoquei a alma daquele que em vida se chamava
Abade Alphonse Louis Constance (Eliphas Levi). Encontrei−o sentado ante
um antigo escritório, no salão augusto de um velho palácio. Levantou−se de
sua poltrona, com muita cortesia, a fim de atender às minhas saudações.
Venho pedir−vos um grande serviço− disse. Quero que me deis uma
chave para sair instantaneamente em corpo astral, cada vez que seja
necessário.
Com prazer, respondeu o abade. Porém, antes, quero que amanhã
mesmo traga−me a seguinte lição: − O que é que existe de mais monstruoso
sobre a terra?
Dai−me a fórmula agora mesmo, por favor.
Não. Traga−me primeiro a lição. Depois, com muita satisfação,
dar−lhe−ei a chave.
O problema que o abade me havia proposto transformou−se num
verdadeiro quebra−cabeça, pois são tantas as coisas monstruosas que
existem no mundo que, francamente, não encontrava a solução.
Andei por todas as ruas da cidade observando, tentando descobrir o
que poderia ser mais monstruoso. Porém, quando acreditava tê−lo
encontrado, surgia algo pior. De repente, surgia algo pior. De repente, um raio
de luz iluminou o meu entendimento e disse a mim mesmo: agora já posso
compreender. a coisa mais monstruosa tem de estar de acordo com a Lei das
analogias dos contrários., isto é: a antípoda do mais grandioso. então, qual é
a coisa mais grandiosa que existe sobre a dolorosa face deste aflito mundo?
Veio então a mim, translúcida, a montanha das caveiras, o Gólgota das
Amarguras e o grande Kabir Jesus, agonizando numa cruz, por Amor a toda a
humanidade doente. Exclamei então: O Amor é o mais grandioso que existe
sobre a terra. Eureka! Descobri o segredo: o Ódio é a antítese do mais
grandioso. Estava patente a solução do complexo problema e eu devia
por−me novamente em contato com Eliphas Levi. Projetar novamente o
Eidolon (corpo astral) foi para mim uma questão de rotina, pois nasci com
essa preciosa faculdade.
Se buscava uma chave especial, fazia−o não tanto por minha
insignificante pessoa que nada vale, mas por muitas outras pessoas que
anseiam pelo desdobramento consciente e positivo.
Viajando com o eidolon ou duplo mágico, muito longe do corpo físico,
andei por diversos países europeus, buscando o abade, porém não o
encontrava em lugar algum. Repentinamente senti uma chamada telepática e
penetrei numa luxuosa mansão. Ali estava o abade. Entretanto, que surpresa!
Que maravilha! Eliphas Levi transformado em criança e no interior de seu
berço. Um caso verdadeiramente insólito, não é verdade? Com profunda
veneração e muito respeito, aproximei−me do bebê, dizendo:
− Mestre, trago a lição. O que existe de mais monstruoso sobre a terra
é o Ódio. Quero agora que cumpras o que me prometeste. Dê−me a chave.
Contudo, para meu assombro, aquele menininho calava−se, enquanto
eu me desesperava, sem compreender que o silêncio é a eloqüência da
Sabedoria.
De vez em quando tomava−o em meus braços, desesperado, e
suplicava−lhe, porém tudo em vão. Aquela criatura parecia uma esfinge do
silêncio. Quanto tempo isto durou não sei, porque na eternidade inexiste o
tempo. O passado e o futuro irmanam−se dentro de um eterno agora.
Finalmente, sentindo−me defraudado, deixei aquela criancinha em seu berço
e saí muito triste daquela antiga e nobre casa.
Passaram−se dias, meses, anos, e eu continuava sentindo−me
defraudado. Achava que o abade não havia cumprido sua palavra
empenhada com tanta solenidade. Um dia, veio a mim a luz. Recordei aquela
frase do Kabir Jesus: ‘Deixai vir a mim as Criancinhas, porque delas é o
Reino dos Céus’.
Disse a mim mesmo: agora, sim, entendi. É urgente, é indispensável,
reconquistar a infância na mente e no coração. ‘Enquanto não formos como
criancinhas não poderemos entrar no reino dos céus’. Esse retorno, esse
regresso ao ponto de partida original, não será possível sem antes morrermos
em nós mesmos. A Essência, a Consciência, lamentavelmente está
engarrafada dentro de todos esses agregados psíquicos, que em seu
conjunto tenebroso constituem o Ego. Só aniquilando tais agregados sinistros
e sombrios, pode a Essência despertar no estado de inocência primordial.
Quando todos os elementos subconscientes forem reduzidos a poeira
cósmica, a essência será libertada e reconquistaremos a infância perdida.
Disse Novalis: ‘A consciência é a própria essência do homem em
completa transformação; o Ser primitivo celeste’.
Evidentemente, quando a Consciência desperta, o problema do
desdobramento voluntário deixa de existir.
Após ter compreendido a fundo esses processos da psiquê humana, o
abade fez−me a entrega, nos mundos superiores, da segunda parte da Chave
Régia. Compunha−se esta de uma série de sons mântricos, com os quais
uma pessoa pode realizar conscientemente a projeção do Eidolon.
Para o bem de nossos estudantes gnósticos convém que
estabeleçamos de forma didática, a sucessão inteligente destes mágicos
sons:
a) Um silvo(assobio) longo e delicado, semelhante ao de uma ave;
b) Entoação da vogal E, assim: Eeeeeeeeee…, alongando o som com
a nota RÉ, da escala musical;
c) Entoar a consoante R, assim: Rrrrrrrrrrrr…, fazendo−a ressoar com
o SI da escala musical, imitando a voz aguda de uma criança. Algo assim
como o som agudo de um pequeno moinho ou motor, demasiado fino e sutil.
d) Fazer ressoar o S de forma muito delicada, como um doce e
silencioso silvo, assim: Sssssssssss…
Esclarecimento: O item A consiste num silvo real e efetivo. O item D é
apenas semelhante a um silvo.
ASANA(ou postura) − O estudante gnóstico deve se deitar na posição
do homem morto, isto é: em decúbito dorsal( de boca para cima). As pontas
dos pés devem estar abertas em forma de leque e os calcanhares
tocando−se. Os braços devem estar estendidos ao longo do corpo. Todo o
veículo físico deve estar bem relaxado.
Mergulhado em profunda meditação, o devoto deverá cantar muitas
vezes os sons mágicos.
Elementais − Estes mantras encontram−se intimamente relacionados
com o Reino Elemental das Aves. É ostensível que elas assistem ao devoto,
ajudando−lhe eficazmente no trabalho do desdobramento. Cada ave é o
corpo físico de um elemental e estes sempre ajudam ao neófito, sob a
condição de uma conduta reta.
Se o aspirante espera ser ajudado pelo Reino Elemental das Aves,
deve aprender a amá−las. Aqueles que cometem o crime de encerrar as
criaturas do céu em abomináveis jaulas, jamais receberão essa ajuda.
Alimentai as aves do céu, transformai−vos em libertadores dessas
criaturas. Abri as portas de suas prisões e sereis assistidos por elas.
Quando eu experimentei pela primeira vez a Chave Régia, depois de
entoar os mantras, senti−me vaporoso e leve como se algo tivesse penetrado
dentro do Eidolon. É claro que não aguardei que me levantassem da cama,
pois eu mesmo abandonei o leito voluntariamente. Caminhei com
desembaraço e saí de casa. Os inocentes elementais das aves amigas
metidos dentro do meu corpo astral ajudaram−me no desdobramento…”
5 − Edward Bulwer Lytton (O Guardião do Umbral
− Zanoni)
“Glyndon colocou a sua lâmpada ao lado do Livro, que ainda estava
ali aberto; virou umas folhas e outras, porém sem poder decifrar o seu
significado, até que chegou ao trecho seguinte:
‘Quando pois o discípulo está desta maneira iniciado e preparado,
deve abrir a janela, acender as lâmpadas e umedecer as suas fontes com o
Elixir. Mas que tenha cuidado de não se atrever a tomar muita coisa do volátil
e fogoso espírito. Prová−lo, antes que, por meio de repetidas inalações, o
corpo se haja acostumado gradualmente ao extático líquido, é buscar, não a
vida, mas sim a morte.’
Glyndon não pôde penetrar mais adiante nas instruções; pois aqui as
cifras novamente estavam mudadas. O jovem pôs−se a olhar fixa e
seriamente em redor de si, dentro do quarto. Os raios da Lua entraram
quietamente através das cortinas, quando sua mão abriu a janela, e assim
que a sua misteriosa luz se fixou nas paredes e no solo da habitação, parecia
como se tivesse entrado nela um poderoso e melancólico espírito. O jovem
preparou as 9 lâmpadas místicas em torno do centro do quarto, e
acendeu−as, uma por uma. De cada uma delas brotou uma chama de azul
prateado, espalhando no aposento um resplendor tranqüilo, porém ao mesmo
tempo deslumbrante. Essa luz foi−se tornando pouco a pouco mais suave e
pálida, enquanto uma espécie de fina nuvem parda, semelhante a uma
névoa, se esparzia gradualmente pelo quarto; e subitamente um frio agudo e
penetrante invadiu o coração do inglês, e estendeu−se por todo o seu corpo,
como o frio da morte.
O jovem, conhecendo instintivamente o perigo que corria, quis andar,
porém achou grande dificuldade nisso, porque suas pernas se haviam
tornado rígidas, como se fossem de pedra; contudo, pôde chegar à prateleira
onde estavam os vasos de cristal; apressadamente inalou um pouco do
maravilhoso espírito, e lavou as suas fontes com o cintilante líquido. Então, a
mesma sensação de vigor, juventude, alegria e leveza aérea, que havia
sentido pela manhã, substituiu instantaneamente o entorpecimento mortal que
um momento antes lhe invadira o organismo, pondo em perigo a sua vida.
Glyndon cruzou os braços e, impávido, esperou o que sucederia.
O vapor havia agora assumido quase a identidade e a aparente
consistência duma nuvem de neve, por entre a qual as lâmpadas luziam
como estrelas. O inglês via distintamente algumas sombras que,
assemelhando−se, em seu exterior, às formas humanas, moviam−se devagar
e com regulares evoluções através da nuvem. Estas sombras eram corpos
transparentes, evidentemente sem sangue, e contraiam e dilatavam−se como
as dobras duma serpente. Enquanto se moviam vagarosamente, o jovem
ouvia um som debil e baixo, como se fosse o espectro duma voz − que cada
uma daquelas formas apanhava de outras e a outras transmitia, como num
eco; um som baixo, porém musical, e que se assemelhava ao canto duma
inexprimível e tranqüila alegria. Nenhuma dessas aparições reparava nele. O
veemente desejo que ele sentia, de aproximar−se delas, de ser um de seu
número, de executar um daqueles movimentos de aérea felicidade − pois
assim lhe parecia que havia de ser a sensação que os acompanhava − fez
com que estendesse os seus braços, esforçando−se por chamar com uma
exclamação, a atenção desses seres; porém somente um murmúrio
inarticulado saiu dos seus lábios; e o movimento e a música seguiam, como
se não houvesse ali nenhum ser mortal.
Aqueles seres etéreos, semelhantes a sombras, deslizavam
tranqüilamente pelo quarto, girando e voando, até que, na mesma majestosa
ordem, um atrás do outro, saiam pela janela e se perdiam na luz da lua;
depois, enquanto os olhos de Glyndon os seguiam, a janela se obscureceu
com algum objeto, ao princípio indistingüível, porém que, por um mistério, foi
suficiente para mudar, por si só, em inefável horror o prazer que o jovem
experimentara até então. Esse objeto foi tomando forma. Aos olhos do inglês
parecia ser uma cabeça humana, coberta com um véu preto, através do qual
luziam, com brilho demoníaco, dois olhos que gelavam o sangue em suas
veias. Nada mais se distinguia no rosto da aparição, senão aqueles olhos
insuportáveis; porém o terror que o jovem sentia, e que ao princípio parecia
irresistível, aumentou mil vezes ainda, quando, depois duma pausa, o
fantasma entrou, devagar, no interior do quarto. A nuvem se retirava da
aparição, à medida que esta se aproximava; as claras lâmpadas
empalideciam e tremeluziam inquietamente, como tocadas pelo sopro do
fantasma. O corpo deste ocultava−se debaixo dum véu, como o rosto; mas
por sua forma adivinhava−se que era uma mulher; não se movia como o
fazem as aparições que imitam os vivos, mas parecia antes arrastar−se como
um enorme réptil; e, parando um pouco, curvou−se por fim ao lado da mesa,
sobre a qual estava o místico volume, e fixou novamente os seus olhos,
através do tênue véu, sobre o temerário invocador. O pincel mais fantástico e
mais grotesco dos monges−pintores medievais, ao retratar o demônio
infernal, não teria sido capaz de dar−lhe o aspecto de malignidade tão
horrível, como se via nesses olhos aterrorizantes. O corpo do fantasma era
tão preto, impenetrável e indistingüível, que lembrava uma monstruosa larva.
Porém, aquele olhar ardente, tão intenso, tão lívido, e não obstante tão vivo,
tinha em si algo que era quase humano em sua máxima expressão de ódio e
escárnio… Por fim, este falou, com uma voz que antes falava à alma do que
ao ouvido:
− Entraste na região imensurável. Eu sou o Espectro do Umbral. Que
queres de mim? Não respondes? Temes−me? Não sou eu a tua amada?
Acaso, não tens sacrificado por mim os prazeres da tua raça? Queres ser
sábio? Eu possuo a sabedoria dos séculos inumeráveis. Vem, beija−me, oh
meu querido, querido mortal! …
E enquanto o horroroso fantasma dizia estas palavras, arrastava−se
mais e mais para perto de Glyndon, até que veio a pôr−se a seu lado, e o
jovem sentiu em sua face o alento do espectro. Soltando um agudo grito, caiu
desmaiado ao chão, e nada mais se soube o que ali se passou…”
6 − Francisco Valdomiro Lorenz (Briga Entre
Gnomos− O Filho de Zanoni)
“Andava Deodato, num dia outonal, num bosque, procurando para
Mejnour certas ervas de que este necessitava para a preparação de
medicamentos, quando, de súbito, um estranho espetáculo se ofereceu à sua
vista. Um pequeno vulto, semelhante a uma criança, porém barbudo, cuja
altura não atingia vinte polegadas, estava rodeado de seis outros seres
semelhantes, porém de aspecto carrancudo, os quais sopravam fortemente
contra ele, ameaçando−o com os punhos. Eram, como Deodato logo
compreendeu, espíritos da natureza, pertencentes a duas tribos diferentes
dos Pigmeus. o agredido defendia−se, soltando gritos e fazendo vários
gestos. Era evidente que não se tratava de uma brincadeira, mas de uma
verdadeira luta em que esses seres etéreos empregavam como armas as
forças das vibrações. Observando que o pigmeu atacado estava prestes a
cair, exausto, nas mãos de seus agressores, decidiu−se a socorrê−lo.
Concentrou os pensamentos na fonte de Todo o Bem, evocou a Força da
Eterna Justiça e estendeu ambas as mãos contra os espíritos agressores,
dizendo com voz enérgica:
− Cessai de combater e ide−vos em paz!
O efeito dessas palavras e do gesto que as acompanhava foi
admirável. Os pigmeus agressores estremeceram, encolheram os corpos e
olharam de soslaio o homem que lhes dava essa ordem.
o jovem repetiu as palavras e o gesto, dinamizando−os mais ainda, e
num instante os agressores puseram−se a fugir, aterrados.
O gnomo que se viu livre de seus inimigos aproximou−se lentamente
de Deodato e, abraçando−he os joelhos, pronunciou algumas palavras de
agradecimento que o moço não compreendeu, ma cujo sentido adivinhou.
− What’s your name, my little friend?(Qual é seu nome, meu
amiguinhho?) − perguntou Deodato, em inglês, ao pigmeu. E, como este não
respondesse, repetiu a mesma frase em francês:
− comment vous appellez−vous, mon petit ami?
Mas o pigmeu não entendia, nem o inglês, nem o francês. Então,
Deodato formulou a pergunta em italiano:
− Come vi chiamate, mio píccolo amico?
Desta vez recebeu a resposta, também em italiano:
− Mi chiamo Silvano, buon huomo!(Chamo−me Silvano, bom homem!)
− E o gnomo, sorrindo, subiu no ombro do jovem, acariciando−o e repetindo
várias vezes:
− Siete buono, siamo amici.(Sois bom, somos amigos).
Neste instante, avistando umas ervas que buscava, Deodato apeou o
pigmeu, dizendo−lhe:
− Deixai−me colher essas ervinhas.
− Precisais delas? − tornou este − Esperai um momento.
E ausentou−se, correndo. Dentro de poucos minutos, porém,
regressava, acompanhado de seis companheiros, e cada um trazia um
ramalhete daqueles vegetais, que os pigmeus ofereceram a Deodato,
sorrindo e dizendo:
− Tomai, bom homem!
O moço agradeceu; os pigmeus rodearam−no e, de mãos dadas,
puseram−se a cantar e dançar em torno dele. Depois de uns dez minutos,
despediram−se, clamando:
− A rivederci! (Até outra vista!) − E retiraram−se rapidamente.
Desde então, Deodato encontrava−se freqüentemente com o pequeno
Silvano, quando percorria o bosque. Bastava−lhe pronunciar por três vezes o
nome do pigmeu, em direção ao Norte, acompanhado de certos gestos que
este lhe indicara como seu ‘sinal’ e Silvano não demorava em aparecer,
sempre muito satisfeito por poder acariciar o homem que o salvara de um
grande perigo, pois, como explicou a Deodato, os seus inimigos o haveriam
matado, se o moço não o tivesse socorrido com sua benévola intervenção; é
que os Espíritos dos Elementos não são imortais, embora alguns deles vivam
durante séculos.
− Por que vos perseguiam aqueles malvados? − perguntou Deodato a
Silvano.
− Porque não quis ceder−lhes a minha morada que cobiçaram
possuir, quando se aborreceram do lugar onde habitavam.
− Ah! − pensou o jovem − Até esses pequenos seres que, em todo e
qualquer pedacinho de terra podem achar espaço suficiente para nele fixar a
sua residência, deixam−se seduzir e inquietar pelo triste vício da cobiça! E
para desalojar um dos seus iguais, não trepidam em lutar, matar ou expôr a
sua vida!”
7 − Dora van Gelder (Um Deva dos Ciclones− O
Mundo Real das Fadas)
Quando eu estava em Miami, na Flórida, dois ciclones rugiram
sucessivamente por aquele Estado, durante os anos 20. Naquele momento,
pedi ao anjo do mar que descrevesse o acontecimento. Ele o fez,
comunicando−me um grande número de quadros mentais combinados com
sensações. Há uma única dificuldade na comunicação com um anjo. O que
ele considera uma idéia é para nós vinte, e assim levamos muito tempo para
assimilar o que ele quer exprimir. Logo ficamos confusos, porque estamos
atrasados em relação a ele ao aprender suas idéias. O espetáculo começava
com a Baía de Biscaia (sua região), linda sob um céu ensolarado, em paz
tropical. O anjo e suas fadas se desincubiam de suas tarefas comuns diárias,
serena e alegremente. Isso foi um ou dois dias antes da chegada do ciclone.
Devo explicar que existe uma hierarquia de anjos ou devas em geral
e, neste caso, de anjos do mar. Os vizinhos próximos do anjo da Baía são
seus iguais e colegas. Mas, acima de todos estes, e supervisionando uma
vasta extensão do mar, há um Ser maior. Como já descrevi anteriormente, em
cada território governado por anjos − como aquele que habita a Baía− há um
Vórtice que é a sede principal da consciência do anjo. Este centro fica num
local particular e pode ser considerado como o coração dessa área. Há
Vórtices semelhantes no ar, não tão numerosos, que servem aos anjos do ar
de igual maneira. É a descarga de energia entre um vórtice do ar e um vórtice
do mar que resulta em várias espécies de tempestades. Portanto, há uma
constante troca de energias entre os anjos do mar, os do ar e assim por
diante. Na verdade, todo o equilíbrio das energias da natureza está na
manutenção desse exército. Seus corpos são a sede e indicam o fluir e a
descarga da energia. Um certo número de anjos exaltados− provavelmente
pequeno− dirige o curso da natureza dessa maneira, por todo o mundo,
mantendo a força da natureza em equilíbrio. Nosso amigo, o anjo da Baía de
Biscaia, é assim uma unidade nessa vasta rede de seres superiores e
inferiores… Por vezes, parece haver excessiva energia concentrada, digamos
na zona tropical, e torna−se necessário libertá−la. Disso resulta um ciclone ou
qualquer outra irrupção de energias na natureza. Entretanto, isso não ocorre
cega ou ocasionalmente, mas segundo uma esplêndida ordem que
descreverei a seguir, voltando ao caso particular do vento que assolou Miami.
Os grandes anjos que mantêm as energias da natureza em equilíbrio
decidiram que deveria haver uma descarga de energia na região coberta pelo
ciclone. Eles indicaram o ponto de partida e o território geral, e depois
designaram um anjo para dirigir a tempestade, preparar seus detalhes e
levá−la até o fim. O início foi determinado pelo fato de que num certo ponto
havia algo fora de equilíbrio, que requeria imediata atenção. O próprio anjo do
ciclone, escolhido para a tarefa, tem cerca de vinte pés de altura (cerca de 6,5
metros), e poderíamos pensar que ele está envolto em relâmpagos, vestido
com elementos de eletricidade. Podemos imaginá−lo como a imagem de Zeus
e seus trovões, descrito na mitologia grega. Ele tem um rosto vigoroso, com
brilhantes olhos cinzentos e cabelo claro, visão magnífica, que confere uma
sensação de temor na presença de tanto poder. esses anjos da tempestade
são raros, pois não pertencem a nenhuma região em especial, mas viajam
por toda a terra com as tempestades. São altamente desenvolvidos e têm
perfeita clareza e firmeza de visão, de precisão matemática. O anjo da Baía
de Biscaia também tem medo deles, o que deixou bem claro para mim. O
anjo do ciclone começou por selecionar um par de anjos para ajudá−lo em
sua tarefa; estes são meio parecidos com ele, mas menores e não têm o
mesmo grau de desenvolvimento. Além destes, alguns outros anjos o
acompanharam como colegas. A estes eu posso chamar de anjos da vida e
da morte, pois seguiam com o anjo do ciclone a fim de supervisionar o
aspecto humano da tempestade. Por assim dizer, os efeitos do furacão sobre
a humanidade.
Como eu disse anteriormente, o anjo da Baía recebeu o aviso informal
de que tal evento estava iminente e sua descrição de discussão entre os
anjos à sua volta foi um tanto divertida. Ele me mostrou anjos falando ao
mesmo tempo sobre o tufão que se formava e procurando imaginar de que
maneira isso afetaria cada um deles. O anjo da Baía tem um profundo senso
artístico e um certo humor parecido com o humor irlandês, e suas descrições
dessas conferências de fofocas eram deliciosamente pitorescas e cheias de
vida…
Na hora determinada, o anjo do furacão apareceu junto com sua
companhia. Então enviou uma chamada, assemelhando−se muito ao
chamado de trombeta para uma batalha. Ao ouvir esse som, uma espécie de
choque percorreu a linha de anjos selecionados desde o ponto de partida do
furacão, ao longo do caminho até o seu ponto terminal… E então, como
imensa bola de chama cheia de uma tropa de anjos e fadas, tudo centralizado
ao redor do anjo do furacão, o ciclone irrompeu na hora predeterminada…
Enquanto durou o furacão, as fadas do mar foram carregadas para a
terra, tendo algumas penetrado várias milhas longe do litoral, fato incomum
que elas, naturalmente, consideraram uma experiência nova. Após algumas
horas, elas foram voltando, na medida em que a tempestade deixou Miami
em seu ímpeto dirigindo−se para o interior e o mar começou a acalmar−se,
voltando a seu estado normal. Durante alguns dias, as fadas se atarefaram
reconstruindo suas linhas de comunicação e recuperando−se, mas muitas
delas foram para o litoral a fim de auxiliar o anjo da terra a renovar o trabalho
de desenvolvimento.
O furacão prosseguiu à sua maneira prevista e lentamente as
esvaziou; enquanto diminuía, o anjo da tempestade o deixou com suas fadas
da tempestade, até o momento futuro em que seus serviços serão novamente
solicitados em algum lugar. Aos poucos, tudo voltou ao normal ao longo do
percurso do furacão, apesar de, claro, serem necessários alguns anos para
recuperar todos os estragos…”
III − TEURGIA E OS QUADRADOS
MÁGICOS
Estes Quadrados Mágicos representam o corpo da potência
planetária. Cada Deus Planetário é em a síntese de uma Força, uma
Potência, um Valor, Virtudes etc. Sendo princípios inteligentes,
manifestam−se em toda a natureza como vibração, energia, números, cores,
símbolos arquetípicos, emblemas, mantras, runas etc.
Explicando os Quadrados Mágicos, o Mestre Samael afirma:
“Entramos no Império da Alta Magia.
Entramos no laboratório da Alta Magia.
Entramos no mundo da Vontade e do Amor.
Para se entrar no Anfiteatro da Ciência Cósmica há que se roubar o fogo do
diabo.
O Enamorado deve roubar a luz das trevas.
Há que se praticar intensamente a Magia Sexual com a esposa.
Há que se reconquistar a espada flamígera do Éden.
Para se invocar os Deuses, temos de conhecer os algarismos matemáticos
das estrelas.
Os símbolos são a roupagem dos números.
Os números são as entidades vivas dos mundos internos.
Os algarismos planetários produzem resultados imediatos e terríveis.
Podemos trabalhar à distância com as estrelas.
Os algarismos matemáticos atuam sobre o mundo físico de forma terrível.
Estes algarismos devem ser escritos em 7 Tábuas distintas.
Quando se vai trabalhar com a Magia Sideral, faz−se um círculo no chão de
1,5 metro de diâmetro. Põe−se o pentagrama com os vértices inferiores para
fora do recinto e o vértice superior para dentro.
No centro do círculo põe−se a Tábua com o correspondente algarismo do
planeta.
Eis como concorrem os Deuses do planeta com o qual vamos trabalhar.
Antes de se começar qualquer cerimônia mágica com as estrelas, temos de
exorcizar a Terra, o Fogo, o Ar e a Água com os seus Exorcismos
correspondentes. (Veja os textos dos Exorcismos mais abaixo.)
QUADRADO MÁGICO DA LUA
37 78 29 70 21 62 13 54 5
6 38 79 30 71 22 63 14 46
47 7 39 80 31 72 23 55 15
16 48 8 40 81 32 64 24 56
57 17 49 9 41 73 33 65 25
26 58 18 50 1 42 74 34 66
67 27 59 10 51 2 43 75 35
36 68 19 60 11 52 3 44 76
77 28 69 20 61 12 53 4 45
QUADRADO MÁGICO DE MERCÚRIO
8 58 59 5 4 62 63 1
49 15 14 52 53 11 10 56
41 23 22 44 45 19 18 48
32 34 35 29 28 38 39 25
40 26 27 37 36 30 31 33
17 47 46 20 21 43 42 24
9 55 54 12 13 51 50 16
64 2 3 61 60 6 7 57
QUADRADO MÁGICO DE VÊNUS
22 47 16 41 10 35 4
5 23 48 17 42 11 29
30 6 24 49 18 36 12
13 31 7 25 43 19 37
38 14 32 1 26 44 20
21 39 8 33 2 27 45
46 15 40 9 34 3 28
QUADRADO MÁGICO DO SOL
6 32 3 34 35 1
7 11 27 28 8 30
19 14 16 15 23 24
18 20 22 21 17 13
25 29 10 9 26 12
36 5 33 4 2 31
QUADRADO MÁGICO DE MARTE
11 24 7 20 3
4 12 25 8 16
17 5 13 21 9
10 18 1 14 22
23 6 19 2 15
QUADRADO MÁGICO DE JÚPITER
4 14 15 1
9 7 6 12
5 11 10 8
16 2 3 13
QUADRADO MÁGICO DE SATURNO
4 9 2
3 5 7
8 1 6
IV − FORMULÁRIO PRÁTICO DE MAGIA
CONJURAÇÃO DOS QUATRO
CAPUT MORTUM, IMPERET TIBI DOMINUS PER VIVUM ET
DEVOTUM SERPENTEM.
CHERUB, IMPERET TIBI DOMINUS PER ADAM JOT−CHAVAH.
AQUILA ERRANS, IMPERET TIBI DOMINUS PER ALAS TAURI.
SERPENS, IMPERET TIBI DOMINUS TETRAGRAMMATON, PER
ANGELUM ET LEONEM.
MICHAEL… GABRIEL… RAPHAEL… ANAEL…
FLUAT ODOR PER SPIRITUM ELOHIM.
MANEAT TERRAE PER ADAM JOT−CHAVAH.
FIAT FIRMAMENTUM PER YAHUVEHU−SABAOTH.
FIAT JUDICIUM PER IGNEM IN VIRTUTE MICHAEL.
ANJO DOS OLHOS MORTOS, OBEDECE OU DISSIPA−TE COM
ESTA ÁGUA SANTA(agora, o Mago−Oficiante submerge a ponta da espada
no vaso com água e com a ponta da espada descreve descreve o signo da
Cruz, encerrando−a num círculo).
TOURO ALADO, TRABALHA OU VOLTA À TERRA, SE NÃO
QUERES QUE TE FIRA COM ESTA ESPADA(com a ponta da espada
voltada para baixo e o cabo posto na altura do coração com a mão direita,
movimenta−se a espada para baixo, como que apunhalando a terra).
ÁGUIA ACORRENTADA, OBEDECE ANTE ESTE SIGNO(faz−se o
sinal da cruz) OU RETIRA−SE ANTE ESTE SOPRO(sopra−se energicamente
o ambiente, formando uma cruz com o sopro).
SERPENTE MÓVEL, ARRASTA−TE A MEUS PÉS, OU SERÁS
ATORMENTADA PELO FOGO SAGRADO E EVAPORA−TE COM OS
PERFUMES QUE EU QUEIMO(faz−se o sinal da cruz com o turíbulo ou
incenso).
QUE A ÁGUA VOLTE À ÁGUA, QUE O FOGO ARDA, QUE O AR
CIRCULE E QUE A TERRA CAIA SOBRE A TERRA, PELA VIRTUDE DO
PENTAGRAMA, QUE É A ESTRELA MATUTINA, E EM NOME DO
TETRAGRAMA, QUE ESTÁ ESCRITO NA CRUZ DE LUZ.
AMÉN… AMÉN… AMÉN…
Tradução do texto em latim:
Cabeça de morto, que o Senhor te ordene pela viva e devota
Serpente.
Querubim, que o Senhor te ordene pelas asas do Touro.
Serpente, que o Senhor te mande pelo Tetragrammaton, pelo anjo e
pelo Leão.
MIGUEL, GABRIEL, RAFAEL, ANAEL.
Flua o perfume pelo Espírito dos Elohim.
Permaneça na terra por Adão Jot−Chavah.
Faça−se o Firmamento, por Jeová e pelo Sabaoth.
Faça−se o juízo pelo fogo, em virtude de Miguel.
CONJURAÇÃO DOS SETE
EM NOME DE MICHAEL, QUE JEOVÁ TE MANDE E TE AFASTE
DAQUI, CHAVAJOTH.
EM NOME DE GABRIEL, QUE ADONAI TE MANDE E TE AFASTE
DAQUI, BAEL.
EM NOME DE RAFAEL, DESAPARECE ANTE ELIAL, SAMGABIEL.
POR SAMAEL−SABAOTH E EM NOME DO ELOHIM GIBOR,
AFASTA−TE, ANDRAMELECK.
POR ZAKARIEL E SACHIEL−MELECK, OBEDECE ANTE ELVAH,
SANAGABRIL.
NO DIVINO E HUMANO NOME DE SHADAI E PELO SIGNO DO
PENTAGRAMA QUE TENHO NA MÃO DIREITA, EM NOME DO ANJO
ANAEL, PELO PODER DE ADÃO E DE EVA, QUE SÃO JOT−CHAVAH,
RETIRA−TE, LILITH; DEIXA−NOS EM PAZ, NAHEMAH.
PELOS SANTOS ELOHIM E EM NOME DOS GÊNIOS CASHIEL,
SEHALTIEL, AFIEL E ZARAHIEL, PELO MANDATO DE ORIFIEL,
RETIRA−TE MOLOCH. NÓS NÃO TE DAREMOS NOSSOS FILHOS PARA
QUE NÃO OS DEVORES.
AMÉN… AMÉN… AMÉN…
INVOCAÇÃO CABALÍSTICA SALOMÃO
POTÊNCIAS DO REINO, COLOCAI−VOS SOB MEU PÉ ESQUERDO
E EM MINHA MÃO DIREITA.
GLÓRIA E ETERNIDADE, TOCAI MEUS OMBROS E LEVAI−ME
PELOS CAMINHOS DA VITÓRIA.
MISERICÓRDIA E JUSTIÇA, SEDE O EQUILÍBRIO E O
ESPLENDOR DE MINHA VIDA.
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA, DAI−ME A COROA.
ESPÍRITOS DE MALAKUT, CONDUZI−ME ENTRE AS DUAS
COLUNAS, SOBRE AS QUAIS SE APÓIA TODO O EDIFÍCIO DO TEMPLO.
ANJOS DE NETZACH E DE HOD, AFIRMAI−ME SOBRE A PEDRA
CÚBICA DE YESOD.
OH, GEDULAEL… OH, GEBURAEL… OH, TIPHERET… BINAEL,
SEDE MEU AMOR. RUACH−HOCHMAEL, SEDE MINHA LUZ. SEDE O QUE
SOIS E O QUE SEREIS, OH, KITERIEL.
ISCHIN, ASSISTI−ME EM NOME DE SCHADAI.
QUERUBIM, SEDE MINHA FORÇA EM NOME DE ADONAI.
BENI−ELOHIM, SEDE MEUS IRMÃOS, EM NOME DO FILHO, O
CRISTO, E PELAS VIRTUDES DO SABAOTH.
ELOHIM, COMBATEI POR MIM, EM NOME DO
TETRAGRAMMATON.
MALACHIM, PROTEGEI−ME, EM NOME DE IOD−HE−VAU−HE.
SERAPHIM, DEPURAI MEU AMOR, EM NOME DE ELOAH.
HASMALIM, ILUMINAI−ME COM OS ESPLENDORES DOS ELOHIM
E DA SCHEKINAH.
ARALIM, OBRAI. OPHANIM, GIRAI E RESPLANDECEI.
HAJOT−HA−KADOSH. GRITAI, FALAI, RUGI, MUGI. KADOSH, KADOSH,
KADOSH. SHADAI. ADONAI. JOT−CHAVAH. EIEAZEREIE… ALELUIA,
ALELUIA, ALELUIA…
AMÉN… AMÉN… AMÉN…
ORAÇÃO GNÓSTICA
Tu, Logos Solar,
Emanação Ígnea;
Cristo em Substância e em Consciência,
Vida potente pela qual tudo avança,
Vem a mim e penetra−me, ilumina−me, banha−me, transpassa−me e
desperta em meu Ser todas essas substâncias inefáveis, que tanto são parte
de ti quanto de mim mesmo.
Força Universal e Cósmica, Energia Misteriosa, eu te conjuro, Vem a
mim, remedia minha aflição, cura−me deste mal e me aparta deste sofrimento
para que tenha harmonia, paz e saúde.
Te peço por teu sagrado nome, que os Mistérios e a Santa Igreja
gnóstica me ensinaram, para que faças vibrar comigo todos os Mistérios,
deste plano e de planos superiores, e que essas Forças reunidas consigam o
milagre de minha cura.
Assim Seja… Assim Seja… Assim Seja…
EXORCISMO DO FOGO
Deus do Fogo: AGNI
Gênios do Fogo: INRI e RUDRA
Arcanjo do Fogo: SAMAEL
Elohim: GIBOR
Elementais: Salamandras e Vulcanos
Mantras: S, INRI, IAO e RÁ
Objetos: Espada, Vela
Perfume: Mirra
Dia da Semana: 5ª− feira (à meia−noite de quarta para quinta)
Direção: Sul
Michael, Rei do Sol e do Raio… Samael, Rei dos Vulcões… Anael,
Príncipe da Luz Astral… Assisti−nos em nome do Cristo, pela Luz do Cristo,
pela majestade do Cristo.
Amén… Amén… Amén…
INRI… (pronunciar este mantra por três vezes)
SSS… (pronunciar este mantra por sete vezes, enquanto se trabalha
com a espada ou a vela)
INRI, INRI, INRI, poderoso Gênio, te pedimos permissão para que as
Salamandras e os Vulcanos executem este trabalho de… (mencionar o tipo de
trabalho, se de cura, de limpeza, de proteção, de orientação ou consagração).
Salamandras e Vulcanos do Misterioso elemento, vos ordenamos em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo para que protejais este recinto pelo
Norte, pelo Sul, pelo Leste e pelo Oeste, para que nenhuma força nos
atrapalhe nem cause danos.
Também vos ordenamos que abençoem nossas pessoas e nossos
lares para que sejamos fiéis aos desígnios espirituais.
IAO…(cantar este mantra por doze vezes, enquanto se visualiza uma
parede de fogo azul envolvendo o local onde se realiza esta Conjuração e as
pessoas participantes).
EXORCISMO DO AR
Deus do Ar: PARVATI
Gênios do Ar: ISHVARA e EHECATLE
Arcanjo do Ar: MICHAEL
Elohim: SABTABIEL
Elementais: Silfos, Sílfides, Elfos e Fadas
Mantra: H…(como um suave suspiro)
Objeto: Pluma
Perfume: Incenso de Olíbano
Dia da Semana: 4ª−feira
Direção: Leste
“Divino Pai Celestial, Pai de toda a Criação e do Espaço Infinito e
Eterno, te pedimos de todo coração para que nos invoques ao Deus do Ar
Parvati… Parvati… Parvati… te suplicamos para que nos tragas os Silfos e
Sílfides para executarmos este trabalho espiritual.
HI− HE− HO− HU− HA… (vocalizam−se estes mantras por algumas
vezes, enquanto que com a pluma na mão direita se faz o sinal da cruz nos
quatro cantos cardeais).
Spiritus dei ferebatur super aquas, et inspiravit in faciem hominis
spiraculum vitae. Sit Michael dux meus et Sabtabiel servus meus; in luce et
per lucem. Fiat verbum halitus meus; et imperabo Spiritibus aeris hujus, et
refrenabo equos solis voluntate cordis mei et cogitatione mentis meae et nutu
oculi dextri. Exorciso igitur te, creatura aeris, per Pentagrammaton et in
nomine Tetragrammaton, in quibus sunt voluntas firma et fides recta. Amén.
Sela Fiat. Que assim seja…
Obedecei−nos, Silfos e Sílfides… Pelo Cristo, pelo Cristo, pelo Cristo…
(pronuncie o mantra H… por três vezes, antes de continuar o exorcismo).
(Invocar em voz alta os seguintes nomes, enquanto se visualiza o Ar
Elemental do ambiente se purificando e carregando−se com vibrações
espirituais sutilíssimas:)
Michael, Sabtabiel, Ishvara, Ehécatle, Barbas de Ouro, Parvati,
Archan, Samax, Madiat, Vel, Modiat, Guth, Sarabotes, Maimon, Varcan…
Senhores Gloriosos, pedimos autorização para executar este trabalho
espiritual…
Silfos e Sílfides do Ar, vos ordenamos em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, protegei este local e as pessoas participantes dessa
invocação pelo Norte, pelo Sul, pelo Leste e pelo Oeste… Para que as forças
do mundo não possam causar nenhum dano a este local nem a nós que aqui
estamos. Imantai nossas pessoas e nossos lares para que sirvamos
conscientemente de acumuladores das bençãos espirituais.” (pronunciar o
mantra AOM por doze vezes, enquanto se visualiza o ambiente e as pessoas
cobertos por uma neblina azul refrescante).
EXORCISMO DA ÁGUA
Deus da Água: VARUNA
Gênios da Água:NICKSA e NARAYANA
Arcanjo: GABRIEL
Elohim: ORFAMIEL
Elementais: Ondinas, Nereidas e Sereias
Mantra: M…
Objeto: Cálice e Tridente
Perfume: Eucalipto
Dia da Semana: Domingo
Direção: Oeste
“Divino Pai Celestial, Tu que és o Senhor dos Exércitos e Criador
deste Mar do Universo, imploramos para que sejas Tu que invoques ao Deus
das Águas Varuna… Varuna… Varuna… Nós te invocamos, em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo, concede−nos a honra de trabalhar com teus
servos, os elementais das águas da vida, Ondinas, Nereidas e Sereias.
(Levante o Cálice com a mão direita, e, voltado para o Ocidente,
continue.)
Fiat firmamentum in medio aquarum et separet aquas ab aquis, quae
superius sicut quae inferius, et quae inferiur sicut quae superius, ad
perpetranda miracula rei unius. Sol ejus pater est, luna mater et ventus hunc
gestavit in utero suo, ascendit a terrae ad coelum et rursus a coeluo in terram
descendit. Exorcizote, creatura aquae, ut sis mihi Speculum Dei vivi in
operibus et fons vitae, et ablutio peccatorum. Amén…
M… (vocalizar este mantra por três vezes).
Varuna, Nicksa, Narayana, poderosos Gênios das Águas, pedimos
vossa bênção e permissão para trabalharmos com êxito com vossos
auxiliares elementais.
Ondinas… Nereidas… Sereias… rainhas e Reis das Águas da Vida,
vos invocamos e vos pedimos, em nome do Pai, do Filho e do Sacratíssimo
Espírito Santo; e também pelo Senhor Jeová, que pairou sobre as Águas do
princípio dos tempos… Protegei e trabalhai sobre este local, pelo Norte, pelo
Sul, pelo Leste e pelo Oeste, para que todos nós recebamos vossas forças
vitais. Inundai nossas almas e nossos corações, para que sejamos
acumuladores de força espiritual. Amén…”
(Vocalizar o mantra AOM e VÁ, alternadamente, por treze vezes,
imaginando que ondas do gigantesco mar espiritual, de cor branca, inunde as
pessoas participantes e seus lares e familiares, antes de pronunciar em
seguida o Exorcismo da Lua.)
“Treze mil Raios tem o Sol…
Treze mil Raios tem a Lua…
Treze mil vezes se arrependam nossos Inimigos internos e externos.
Amén, Amén, Amén…”
EXORCISMO DA TERRA
Deus da Terra: KITICHI
Gênios da Terra: GOB, ARBARMAN, CHANGAM
Arcanjos: MELQUISEDECK(da Terra) e ORIFIEL(de Saturno)
Elohim: CASHIEL
Elementais: Gnomos e Pigmeus
Mantras: AOM…, IAO…, LA…
Objetos: Báculo, Cetro
Perfumes: Sândalo e Amadeirados
Dia da Semana: Sábado
Direção: Norte
“Divino Pai que moras no mais profundo de meu coração e que és o
Senhor do Castelo de minha Alma, que Teu Verbo de Ouro possa nos invocar
o supremo Deus Kitichi… Kitichi… Kitichi… Te chamamos pelos poderes do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Concede−nos a graça de comandar e
direcionar a força magnética dos Gnomos e Pigmeus da terra.
Em nome das 12 pedras da Cidade Santa, pelos talismãs ocultos e
pelo cravo de ímã que atravessa o mundo, nós vos conjuramos, obreiros
subterrâneos, obedecei−nos. Pelo Cristo, pelo Cristo, pelo Cristo. Amén…
IAO… IAO… IAO…
Gob, Arbarman, Kitichi, supicamos êxito neste trabalho com as forças
telúricas.
Gnomos e Pigmeus, vos ordenamos, em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. Trabalhai com as forças magnéticas da perfumada terra e
harmonizai as pessoas que aqui se encontram e seus lares. Imantai nossas
Almas e nossos corações para que nos transformemos em acumuladores do
poder e da força da divina Mãe Terra. Amén…
LA…(Vocalize este mantra por 12 vezes visualizando os obreiros
subterrâneos inundando o ambiente com uma relaxante cor amarela.)
REGENTES DO AR
Existem Silfos poderosos que trabalham sobre o ambiente onde se
fará a invocação, o exorcismo ou conjuração, a corrente de cura etc. É
necessário que o ambiente astral esteja propício para a vinda, fixação e
manifestação das correntes siderais e dos Seres invocados. Para tal,
paralelamente à limpeza astral com os perfumes e ervas correspondentes do
Trabalho Espiritual(especialmente o incenso de Olíbano), deve−se chamar os
Regentes do Ar, de acordo com o dia:
2ª−feira ARCHAN
3ª−feira SAMAX
4ª−feira MADIAT, VEL e MODIAT
5ª−feira GUTH
6ª−feira SARABOTES
Sábado MAIMON
Domingo VARCAN
CLAVÍCULA DE SALOMÃO
Para invocar a presença dos Anjos de Deus, para se trabalhar
magicamente com os 72 anjos cabalísticos etc…
“PER ADONAI ELOHIM, ADONAI JEHOVÁ, ADONAI SABAOTH,
METRATON, ON AGLA, ADONAI MATHOM, VERBUM PITONICUM
MISTERIUM SALAMANDRAS, CONVENTUM SILPHORUM,
ANTRAGNOMORUM DEMONIA CELI, GAD ALMOUSIN GIBOR, JESHUA
EVAM SARIATNIAMIC. VENI… VENI… VENI…”
EXORCISMO DA LUA
“Treze mil Raios tem o Sol, Treze mil Raios tem a Lua, Treze mil
vezes se arrependam nossos Inimigos Ocultos…
Com infinita humildade e grande amor, em nome do terrível
Tetragrammaton, eu vos invoco, Seres Inefáveis.
Em nome de Adonai e por Adonai, Adonai, Eye, Eye, Eye, Kadosh,
Kadosh, Kadosh, Achim, Achim, Achim, La, La, La, Forte La… Que
resplandeceis sempre gloriosos na montanha do Ser, eu vos rogo por
misericórdia que me auxilieis agora. Tende piedade de mim que nada valho,
que nada sou.
Adonai, Sabaoth, Amathai, Ya, Ya, Ya, Marinat, Abim, Iehia, Criador
de tudo o que é e será.
Vos rogo em nome de todos os Elohim que governam a primeira
Legião, sob o comando de Orfamiel, pelos treze mil Raios da Lua e por
Gabriel, para que me socorrais agora mesmo. Vinde a nós, por Adonai, o Anjo
da Alegria e da Luz. Reconheço que sou tão só um mísero verme do lodo da
terra. Amén…”
EXORCISMO DE MERCÚRIO
“Vos rogo, Divinos Elohim, em nome do Sagrado Tetragrammaton e
pelos nomes inefáveis de Adonai Elohim, Shadai, Shadai, Shadai, Eye, Eye,
Eye, Asamie, Asamie, Asamie; Em nome dos anjos da segunda legião
planetária, sob o governo de Rafael, Senhor de Mercúrio, como também pelo
santo nome posto sobre a testa de Aarão, ajudai−me, auxiliai−me, concorrei
ao meu chamado. Amén…”
EXORCISMO DE VÊNUS
“Vos rogo mui humildemente, divinos Elohim, pelos místicos nomes
On, Hey, Heya, Ya, Ye, Adonai, Shadai, acudi ao meu chamado. Vos suplico
auxílio em nome do tetragrammaton e pelo sacro poder dos anjos da terceira
legião, governados por Uriel, o Regente de Vênus, a estrela da aurora. Vinde,
anael, Vinde, Vinde, reconheço minhas imperfeições, mas vos adoro e vos
invoco. OM Seja Amor… OM Seja Amor… OM Seja Amor… Amén…”
EXORCISMO DO SOL
“Sou um infeliz mortal que, plenamente convencido de sua nulidade e
miséria, se atreve a invocar aos Leões de Fogo e ao Bendito Michael. Pelo
tetragrammaton, chamo agora à quarta legião de anjos do Sol, esperando que
Miguel se compadeça de mim.
(Traçar no ar, com o dedo indicador da mão direita o signo do Infinito− ou
seja, um Oito deitado, antes de vocalizar os seguintes mantras)
OM−TAT−SAT−TAM−PAM−PAZ…Amén…”
EXORCISMO DE MARTE
“Reconheço o que sou, realmente sou um pobre pecador que clama e
invoca aos anjos da força, mediante os mantras Yah, Yah, Yah, He, He, He,
Va, Hy, Ha, Va, Va, Va, An, An, An, Aie, Aie, Aie, Ecl, Ai, Elohim, Elohim,
Tetragrammaton.
Eu vos invoco em nome do Elohim Gibor e pelo Regente do planeta
Marte, Samael, concorrei ao meu chamado.
Que a quinta legião do planeta Marte me assista em nome do
Venerável Anjo Acimoy. Amén…”
EXORCISMO DE JÚPITER
“Sem orgulho, reconheço que nada valho, que nada sou e que só meu
Deus tem o Poder, a Sabedoria e o Amor.
Vos suplico, Devas Inefáveis, pelos nomes sagrados Kadosh, Kadosh,
Kadosh, Eschereie, Eschereie, Eschereie, Hatim, Hatim, Hatim, Yah, o
Confirmador dos Séculos, Cantime, Jaym, Janic, Anie, Caibar, Sabaoth,
Betifai, Alnaim, e em nome de Elohim e do Tetragrammaton. Pelo divino
Zacariel, que governa o planeta Júpiter e a sexta legião de anjos cósmicos,
concorrei ao meu chamado.
Vos suplico, seres inefáveis, assisti−me neste trabalho. Vos rogo pelo
terrível Tetragrammaton, auxiliai−me aqui e agora. Amén…”
EXORCISMO DE SATURNO
“Reconhecendo minha tremenda nulidade e miséria interior, com
inteira humildade… Cashiel, Machatori, Sarakiel, concorrei ao meu chamado.
Vos suplico em nome do Santo e Misterioso Tetragrammaton, vinde até aqui.
Escutai−me, por Adonai, Adonai, Adonai, Eye, Eye, Eye, Acim, Acim,
Acim, Kadosh, Kadosh, Kadosh, Ima, Ima, Ima, shadai… Yo, Sar, Senhor
Orifiel, Regente do planeta Saturno, chefe da sétima legião de anjos
inefáveis.
Vinde, seres inefáveis de Saturno. Vinde em nome de Orifiel e do
poderoso Elohim Cashiel. Vos chamo pedindo auxílio em nome do anjo
Booel, pelo astro Saturno e por seus santos selos. Amén…”
CONJURAÇÃO DE SÃO MIGUEL ARCANJO
“São Miguel Arcanjo, defende−nos neste combate…
Sê o nosso auxílio contra as maldades e ciladas dos Inimigos Ocultos,
Ordene−lhes, Ó Deus, instantemente te pedimos…
E vós, da Milícia Celeste, pela Virtude Divina,
Lançai no lago do Fogo Sagrado a Satanás e a todos os espíritos
malignos,
Que andam pelo mundo para a perdição das Almas…
Michael, Gabriel, Rafael, Uriel, Samael, Zacariel, Orifiel…
Rogai por nós…
Que se realize, de acordo com a Vontade do Pai e da Grande Lei.
Amén…”
ANJOS CABALÍSTICOS
Lista dos nomes mântricos dos Anjos da Cabala (ou, Emanações dos
Poderes Curativos de Deus, associados às informações iniciáticas contidas
nos Salmos) que podem ser vocalizados para a preparação dos ambientes
de Cura(de acordo com o dia):
Nomes Atributos
VEHUIAH Deus Exaltado e Elevado
JELIEL O Apaziguador
SITAEL A Esperança das Criaturas
ELEMIAH Deus Oculto
MAHASIAH Deus Salvador
LELAHEL Deus Louvável
ACHAIAH Deus Bom e Paciente
CAHETEL Deus Adorável
AZIEL Misericórdia de Deus
ALADIAH Deus Propício
LAUVIAH Louvores e Exaltação
HAHAIAH Refúgio em Deus
IEZALEL Glorificar a Deus, Sobretudo
MEBAHEL Deus Conservador
HARIEL Deus Criador
HAKAMIAH O Construtor do Universo
LAUVIAH Deus Admirável
CALIEL Pronto a Ouvir
LEUVIAH O que Ouve os Pecadores
PAHALIAH Deus Redentor
NELEBAEL Pleno e Único
IEIAIEL Justiceiro de Deus
MELAHÊL Protege contra os Maus
HAHUIAH Bondade pela Bondade
NIT−HAIAH O que dá Sabedoria
HAAIAH O Oculto
JERATHEL Punidor dos Maus
SÉEIAH Curador dos Doentes
REIIEL Deus do Socorro
ORNAEL O que dá Paciência
LEVABEL Deus Inspirador
VASARIAH Deus Justo
IEHUIAH O Onisciente
LEHAHIAH O Clemente
CHEVAKIAH O que dá Alegria
MENADEL Deus Adorável
ANIEL Virtudes de Deus
HAAMIAH Trino e Único
REHAEL Acolhe os Pecadores
IEIAZEL O que dá Contentamento
HAHAZEL Visto como Três
MIKAEL Eu e o Pai Somos Um
VEUAHIA Rei Dominador
IELAHIAH Deus Eterno
SEALIAH O Motor de Tudo
ARIEL O Revelador
ASALIAH Justiça Indica a Verdade
MICHAEL Pai Caritativo
VEHUEL Grandioso e Sublime
DANIEL Misericórdia na Confissão
HAHASIAH Deus Resguardado
IMAMIAH Deus Acima de Tudo
NANAEL Ele Dobra os Orgulhosos
NITHAEL Rei dos Céus
MEBAIAH Deus Eterno
POIEL Sustento do Universo
NEMMAMIAH Deus Louvável
IEIALEL Ouvir as Gerações
HARAHEL Conhecedor de Tudo
MIZRAEL Alivia os Oprimidos
UMABEL Acima de Todos
IAH−HEL O Ser Supremo
ANAUEL Infinitamente Bom
MEHIEL O Vivificador
DAMABIAH Fonte da Sabedoria
MANAKEL Ele mantém as Coisas
ETAIEL Delícia dos Homens
XABUIAH Sempre Generoso
ROCHEL Ele vê Tudo
JABAMIAH Seu Verbo Produz Tudo
HAIEL Senhor de Tudo e Todos
MUMIAH O Alfa e o Ômega
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Revisão: Equipe Instituto Michael
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